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C&A celebra a 50ª Collection

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C&A celebra a 50ª Collection

Coleção feita em parceria com a Mixed chega às lojas nesta terça-feira, 17; Blueman, de moda praia, encerra as coleções deste ano


16 de novembro de 2015 - 7h04

Os estilistas nacionais foram os primeiros parceiros da C&A no lançamento, em 2009, da plataforma chamada C&A Collection. Reinaldo Lourenço estreou o formato, seguido por Isabela Capeto, que fez uma coleção infantil. Na terceira, voltou Lourenço, mas ao contrário da primeira coleção, que era mais simples, imprimiu glamour às criações.

Em 2010, Stella McCartney foi a primeira personalidade estrangeira a assinar uma coleção para a varejista (e a primeira dela para fora do mercado europeu). Sergio K assinou a primeira coleção masculina, e Anne Fontaine – brasileira radicada na França – fez sucesso com sua camisaria. Com Roberto Cavalli, os vestidos, que chegam a custar US$ 5 mil chegaram em versões de R$ 800, em seda. Ainda caros para os padrões da C&A, mas quem duvidou do potencial de vendas se deu mal, pois os modelos – a quantia vendida não é informada pela marca – evaporaram. E como fazer esse milagre com os preços? Segundo Elio de França e Silva, vice-presidente de operações e marketing da C&A, muita negociação e poder de compra da empresa, que opera em 24 países, permitindo oferecer volume, com qualidade.

Assim, nesta terça-feira, 17, chega às lojas a 50ª Collection, assinada pela Mixed, de Riccy Souza Aranha. A estilista afirma que se em sua primeira coleção para a marca, em 2012, a inspiração foram jardins, agora esse jardim floresceu e atraiu borboletas, presentes nas estampas da coleção atual (para as consumidoras mais clássicas, há também peças sem estampas).

França e Silva afirma que a plataforma é um case mundial de sucesso. O executivo define a diferença entre a atuação da C&A e a de outras marcas: “Está no estilo e qualidade das peças. A C&A traz o estilo do criador e também sua preocupação com o desenvolvimento. Para lançar com a Stella McCartney, por exemplo, fizemos até estudos sobre a linha que daria acabamento às peças”, conta.

Segundo ele, antes deste projeto no Brasil, a C&A havia feito apenas ações pontuais na Europa, com Yves Saint-Laurent e Karl Lagerfeld – aqui, houve algumas ações, em 2005, com estilistas como Marcelo Sommer. Depois de 2009, entretanto, a aposta nas coleções foi radicalizada. Em 2014, foram lançadas 12; este ano serão 11. A última – de moda praia, com a Blueman – chegará às lojas em dezembro. Cada coleção demanda dois anos de trabalho, desde os primeiros contatos com os estilistas até chegar ao mercado.

Bombando

Embora a C&A não abra números, as coleções especiais fazem jus ao mote “Se está bombando, está na C&A”, um dos últimos da DM9DDB para a marca, que a partir de janeiro será atendida pela AlmapBBDO. As “collections” rodam nas lojas 50% mais rapidamente que outros lançamentos e respondem por 25% das vendas no e-commerce. Enquanto as peças chegam a apenas algumas lojas físicas (a da Mixed, por exemplo, estará em 47 lojas), o comércio eletrônico vai a cerca de quatro mil cidades.

O perfil dos consumidores é variado, mas todos têm em comum, segundo França e Silva o interesse por moda e personalidade forte. A informação é dada com base nas avaliações de uma área de pesquisa de mercado, que tem oito profissionais dedicados em tempo integral, além de virem dos próprios clientes. A C&A possui um conselho de clientes formado por 1.500 pessoas, que dão diversas orientações à marca, inclusive de qual poderá ser a próxima collection.

Sobre os recursos de comunicação usados para a plataforma, o vice-presidente de marketing da C&A, ressalta o poder das redes sociais, onde a marca tem clientes fieis, mas o mix depende da coleção. A de Stella McCartney, por ser a primeira internacional, teve TV; já a de Matthew Williamson, foi explorada fortemente na web.

Já em relação à troca de agências, Elio França e Silva afirma que a expectativa é boa, pelo fato de a Almap ser uma agência reconhecida por sua qualidade de gestão. Elogia o trabalho desenvolvido pela DM9 desde 2008, mas afirma que “agora é momento de buscar uma nova revolução em meios e conteúdos, de se provocar um pouco”.

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