Clientes trocariam dados por ofertas
Segundo Dunnhumby, desejo por descontos e fidelização são quesitos para compartilhamento
Segundo Dunnhumby, desejo por descontos e fidelização são quesitos para compartilhamento
Victória Navarro
6 de dezembro de 2016 - 17h58
Em pleno cenário de crise, quando o freguês brasileiro está cada vez mais tomando medidas para conter o consumo, o big data pode ser uma saída para estreitar a relação entre clientes e marcas. Pelo menos é o que indica uma pesquisa da Dunnhumby com 946 consumidores que tentou compreender melhor o compartilhamento de dados pessoais dos usuários com as empresas.
Entre os entrevistados, 88% dizem estar dispostos a dividir informações individuais e de consumo com empresas para receber descontos e ofertas exclusivas
Enquanto 88% dos entrevistados dizem estar dispostos a dividir informações individuais e de consumo com empresas para receber descontos e ofertas exclusivas, 77% afirmam que tomariam a mesma postura diante da troca de pontos em programas de fidelidade. Fato que representa um momento bem diferente de 2013, época que 39% diziam disponibilizar dados em troca de promoções e 38% buscavam recompensas nesses tipos de programas, segundo pesquisa da Coleman Parkes, que analisou 3.900 consumidores brasileiros.
Ainda de acordo com o levantamento da Dunnhumby, 69% dos respondentes afirmaram que cederiam seus dados para receber informações e novidades sobre os produtos e serviços, 65% dizem se interessar por sugestões de produtos baseados em seus gostos pessoais. “O processo está bem maduro no quesito de compartilhar CPF e dados, o cliente tem claro que as empresas vão usar esses dados de alguma forma e se isso for usado em benefício dele é o que ele busca”, disse Sérgio Messias, diretor de inteligência de mercado da Dunnhumby.
O estudo também indica que, apesar de ser necessário adequar as ações às peculiaridades de cada grupo, as gerações Z, Y, X e Baby Boomer não podem mais serem pensadas como uma unidade de comportamento. “O que você vê pela pesquisa é que o brasileiro, independentemente da geração ou da classe, por exemplo, está bem receptivo a compartilhar os seus dados, o que não é mais um tabu para grande maioria da população”, explica diretor.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), em 2015, o número de cadastros em programas de fidelização teve o crescimento de 22%. O crescimento está em linha com a percepção dos consumidores em relação aos programas. Ainda segundo a Dunnhumby, 41% dos usuários de programas de fidelidade do varejo no Brasil revelaram que comprariam em outro lugar se tal atividade fosse finalizada na empresa da qual são clientes, e cerca de 30% dos lares no País participam de programas como esse.
“A pesquisa quebra o fato de que só os jovens estão dispostos a compartilhar os seus dados e ela serve para dar um alerta para as empresas se atentarem a relevância, ou seja, que o brasileiro está ciente que as empresas fazem uso dos dados pessoais quando são compartilhados e querem que elas façam um uso relevante sobre isso”, complementa Sérgio Messias.
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