Coca e Pepsi prometem reduzir calorias
Indústria de bebidas se compromete a diminuir em 20% o número de calorias até 2025
Indústria de bebidas se compromete a diminuir em 20% o número de calorias até 2025
Meio & Mensagem
24 de setembro de 2014 - 12h36
Por E.J. Schultz, do Advertising Age (*)
As maiores empresas de refrigerante dos Estados Unidos – sob a pressão de quem defende alimentos mais saudáveis – se comprometeram a reduzir a quantidade de calorias em 20% até 2025. Executivos da PepsiCo, Coca-Cola Co. e do grupo Dr. Pepper Snapple anunciaram a meta em Nova York, durante a reunião anual da Iniciativa Global Clinton. O esforço inclui o envolvimento da Aliança para uma Geração Mais Saudável, organização fundada pela American Heart Association e pela Fundação Clinton.
“Estou animado com o potencial deste compromisso voluntário da indústria de bebidas. Pode ser um passo fundamental na nossa atual luta contra a obesidade”, disse o ex-presidente Bill Clinton, em comunicado.
O marketing poderia desempenhar um papel fundamental nesse esforço, com as empresas de bebidas dizendo em um comunicado que vão “se envolver com educação e divulgar informações sobre bebidas zero ou de baixas calorias para a sensibilização dos consumidores”.
Além disso, as empresas de bebidas afirmaram que darão ênfase especial nas comunidades onde o acesso às bebidas de baixas calorias é inexistente, com ações como incluir essas bebidas em seções visíveis de lojas com alta movimentação. Comunidades em Los Angeles (Califórnia) e Little Rock (Arkansas) devem ser as primeiras regiões a receber esses esforços.
As companhias ainda se comprometeram a fornecer contagens de calorias e a “promover a conscientização sobre o assunto em relação a todas as fabricantes que possuem pontos de venda em todo o país, incluindo mais de três milhões de máquinas de venda automática, dosadores de restaurantes e refrigeradores em lojas de conveniência e outros locais”.
A notícia chega num momento em que as marcas lutam conta o declínio do consumo de refrigerantes, algo que se deve, em parte, por conta da preocupação com a saúde. Como resultado, as calorias em bebidas já estão diminuindo. Em relatório lançado na terça-feira 23, a Beverage Digest estimou que o total de calorias consumidas em bebidas em geral diminuiu 12,4% entre 2000 e 2013, mas em refrigerantes, a queda foi de 23%.
“Se as quedas continuarem nos próximos dez anos, os próprios declínios fariam surgir bebidas de baixo nível calórico”, afirmou a Beverage Digest. No relatório, porém, havia a observação de que os executivos de bebidas esperam que o crescimento no futuro seja modesto. “Então, paradoxalmente, se o volume e o consumo de bebidas crescer – se as pessoas estiverem consumindo mais do que o setor produz – a redução de calorias seria mais difícil e exigiria um foco mais intenso sobre as iniciativas que o mercado deveria tomar”, garantiu a empresa.
Risa Lavizzo-Mourey, presidente da Fundação Robert Wood Johnson, um grupo de defesa da saúde, elogiou o esforço, dizendo em um comunicado: “estamos especialmente satisfeitos que este compromisso tenha como alvo as comunidades em que as taxas de consumo de bebidas adoçadas com açúcar são desproporcionalmente elevadas”.
Mas o Centro de Ciência para Interesse Público (CSPI) pediu mais ação. “A indústria poderia acelerar o progresso, deixando de lado sua oposição aos impostos e às advertências em embalagens de bebidas com açúcar”, disse a CSPI em comunicado. “Essas taxas poderiam reduzir ainda mais as calorias numa variedade maior de bebidas dos EUA ainda mais rapidamente, e ainda aumentaria a receita necessária para prevenção e tratamento de doenças relacionadas com o refrigerante”, completou a entidade.
As empresas de bebidas firmaram o compromisso de “manter um terceiro avaliador independente para acompanhar o progresso e medidas provisórias”.
* Tradução: Bruna Molina
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