Há dois anos com o Liberty, F1 está mais digital e popular
Desde a aquisição do grupo americano em 2016, principal categoria do automobilismo se reinventou como marca e na interação com o público
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Luiz Gustavo Pacete
9 de novembro de 2018 - 6h00
Nunca na história da Fórmula 1 termos como experiência, realidade virtual, games, social media e inovação foram tão associados às máquinas que voam na pista. Conhecida por seu pioneirismo em termos de tecnologia automotiva, a categoria também se manteve, em outros aspectos, tradicional e conservadora. Mas com a chegada, em 2016, do grupo americano Liberty como dono da categoria, muita coisa mudou.
F1: menos glamour, mais entretenimento
O Grande Prêmio do Brasil de F1, realizado em 9, 10 e 11 de novembro em São Paulo, por exemplo, ocorre em meio a uma série de ativações envolvendo muita tecnologia e experiência. No final de outubro, o site do canal pago SporTV transmitiu a segunda etapa do Mundial de Fórmula 1 eSports. O torneio de jogo eletrônico teve uma temporada inaugural experimental em 2017 e neste ano ganhou mais estrutura como campeonato. São nove equipes em três eventos presenciais e dez corridas que replicam os GPs da temporada.
Nas ativações do GP do Brasil, por exemplo, a organização estima que há, em média, de 800 a mil entusiastas da categoria de jogos eletrônicos que também são fãs de Fórmula 1. No Paddock, área nobre do autódromo, terão ativações como plataformas Xbox One X e transmissão de jogo Forza Horizon 4 em resolução 4K. A malaia Petronas, uma das patrocinadores da Mercedes, equipe do atual campeão Lewis Hamilton, realiza uma ação de VR em pontos da cidade de São Paulo. Um caminhão personalizado da marca circulará por locais como o Parque do Ibirapuera e o Largo da Batata.
A proposta da ação, segundo a empresa, é levar ao público uma experiência imersiva sobre a F1, com informações sobre o esporte, os pilotos e a tecnologia de última geração utilizada nos carros. A Heineken, que patrocina o evento desde 2016, realizou, no último domingo, 4, o F1 Experience, no Rio, com a presença do piloto Felipe Massa a bordo de uma Willians na Praia de Botafogo e um show com a cantora Preta Gil. E, no próximo sábado, 10, a marca repete a dose em Porto Alegre, desta vez, com o piloto Rubens Barrichello e apresentação do Tropkillaz.
“Apostar em um projeto tão complexo, mas ao mesmo tempo tão relevante, foi também uma maneira de responder ao fato de não termos um brasileiro na F1 e aproveitar o legado de cada um desses pilotos para levar a experiência do campeonato para os fãs que não vão ao autódromo”, afirma Guilherme Retz, gerente da marca Heineken do Brasil. A marca assinou recentemente com a Fórmula E, categoria de carros elétricos em ascensão cujo um dos sócios também é o Grupo Liberty e que já nasceu com DNA digital. “Além disso, entendemos que a Fórmula E é a categoria do futuro tendo em vista os investimentos em carros elétricos”, diz Retz.
O futuro da Fórmula 1 no Brasil e no mundo
Na ocasião da compra da categoria, em sua primeira entrevista oficial ao site da F1, Chase Carey, CEO da F1, afirmou que a categoria precisava ter um projeto de longo prazo. “A pergunta não é como ganhar dinheiro nos próximos 12 meses, mas onde estaremos em três ou cinco anos”, disse Carey. Duas semanas após ter anunciado a compra da F-1, o Liberty Media adquiriu 25% das ações da Fórmula E, categoria de carros elétricos criada em 2014.
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