Emergentes têm três quartos dos celulares
Estudo também mostrou diferenças na adesão às marcas mais cobiçadas nos países em desenvolvimento; a Samsung lidera na maioria
Estudo também mostrou diferenças na adesão às marcas mais cobiçadas nos países em desenvolvimento; a Samsung lidera na maioria
Meio & Mensagem
5 de julho de 2013 - 12h47
De acordo com relatório elaborado pela empresa Upstream, em parceria com a YouGov e a Vanson Bourne, companhia de pesquisa em TI, dos mais de seis bilhões de celulares do mundo, mais de três quartos estão localizados nos países em desenvolvimento.
E apesar do já alto grau de uso dos celulares nesses países a expectativa é de crescimento astronômico, especialmente na categoria smartphones. A empresa de análise Ovum espera que haverá 1,6 bilhões de novas conexões de celulares no mundo em 2017, com a África identificada como a região cujo crescimento será mais acelerado. E a África Subsaariana deverá ter 175 milhões de novos usuários de celulares já nos próximos três anos. Essas previsões fazem dos mercados emergentes locais atraentes para todos os fabricantes de celulares.
Quase metade dos que responderam a pesquisa estaria disposta a pagar entre US$ 100 e US$ 300 por um aparelho celular, mostrando inclinação a fazer investimentos significativos em dispositivos móveis. Também considerados símbolo de status, significativos 15% dos consumidores disseram que pagariam mais de US$ 450 por um aparelho de ponta. No entanto, outros 29% afirmaram que não pagariam mais de US$ 100, deixando claro que custo ainda é uma consideração importante para muitos consumidores.
O relatório também notou uma diferença na popularidade das marcas mais cobiçadas, nos países emergentes. A popularidade da Apple, por exemplo, nos mercados emergentes do Ocidente tem caído. Na lista dos mais desejados, os aparelhos da Apple (21%) são em geral na terceira posição entre os mais procurados. Já a Samsung aparece como a grande vencedora na região, com quase um terço de preferência (32%). A Nokia aparece em segundo lugar (22%), atribuído a investimentos feitos pela empresa nessas regiões e o custo menor de seus aparelhos.
Ainda segundo o estudo, esses mercados não atingiram saturação de marketing. Os consumidores estão abertos a receber publicidade nos dispositivos móveis, com 68% deles afirmando estarem felizes em receber promoções das marcas semanalmente. Um em cada cinco não se importa em receber publicidade diariamente e 7% estariam dispostos a receber material promocional mais de uma vez por dia.
Marketing por SMS foi identificado como o formato de publicidade mobile mais bem-vindo por 51% da mostra, mas 26% disseram que gostariam de receber promoções SMS relevantes para sua localização. Até o e-mail marketing tem potencial de sucesso nos mercados em desenvolvimento, segundo a análise, uma vez que 43% dos consumidores aceitam bem receber promoções por essa via. Poucos (8%) querem anúncios pop-up em aplicativos; 12% atenderiam chamadas telefônicas relativas a promoções e 6% afirmaram não querer em hipótese alguma receber mensagens de marketing em seus dispositivos móveis.
Confira abaixo a preferência de marca em alguns dos países emergentes:
Brasil:
Samsung (35%)
Nokia (23%)
Apple (19%)
Índia:
Samsung (38%)
Nokia (20%)
Apple (19%)
Nigéria:
Nokia (37%)
Blackberry (21%)
Apple (15%)
Arábia Saudita:
Samsung (42%)
Apple (31%)
Nokia (8%)
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