Marketing

4 perfis revelam decisões de compra dos brasileiros

Pesquisa da Adlook analisa os principais fatores que influenciam a escolha de produtos de cuidados pessoais

i 5 de agosto de 2025 - 6h08

Estudo revela comportamento dos brasileiros ao consumir produtos de cuidados pessoais

Estudo revela comportamento dos brasileiros ao consumir produtos de cuidados pessoais (Crédito: Carlos Barquero/Shutterstock)

Uma nova pesquisa conduzida pela Adlook revela os principais fatores que motivam os consumidores brasileiros na hora de escolher produtos de cuidados pessoais.

O estudo online, realizado com 2.648 participantes de todas as regiões do País, com idade entre 18 e mais de 65 anos, investigou quatro fatores decisivos: preço, qualidade e ingredientes, recomendações e familiaridade com a marca.

Também foi analisada a preferência pelos canais de compra: supermercados, lojas de bairro, farmácias ou o ambiente online.

Quatro arquétipos que explicam o comportamento do consumidor

Com base nos dados da pesquisa, a Adlook identificou quatro perfis principais de consumidores, ou seja, grupos com características distintas de motivação, hábitos de compra, consumo de conteúdo e dados demográficos.

Esses segmentos representam audiências acionáveis, mapeadas por meio da tecnologia proprietária smart audiences, que combina machine learning com sinais contextuais para refinar a segmentação muito além dos modelos tradicionais.

Caçadores de descontos

Movidos por preço, esse grupo escolhe o que cabe no bolso, mesmo que isso signifique abrir mão de marcas ou ingredientes específicos. Seu canal favorito de compra são os supermercados.

Os dados reforçam esse perfil: quem compra em supermercados tem 40% mais chances de priorizar preço e promoções. Pessoas que consomem conteúdo de notícias são 53% mais propensas a responder bem a ofertas urgentes.

Já visitantes de sites de eletrônicos e tecnologia são 24% mais sensíveis ao preço. Por outro lado, consumidores com mais de 55 anos e aqueles interessados em automóveis tendem a valorizar menos o fator preço.

Investigadores de ingredientes

Esse público se interessa por transparência, sustentabilidade e qualidade, mais do que por marcas ou conveniência. Costuma comprar em farmácias, mas não tem um canal preferido definido.

Pessoas entre 55 e 64 anos são 57% mais propensas a se guiar por ingredientes e qualidade. O mesmo vale para quem consome conteúdo sobre leis e governo, o que sugere uma exigência por ética e comprovação.

Já consumidores do Sudeste são 23% menos propensos a valorizar esse critério, indicando menor sensibilidade a fórmulas naturais ou selos ecológicos.

Seguidores de recomendações

Influenciados por especialistas, amigos ou familiares, esse grupo toma decisões com base em validação social e tem forte presença no ambiente digital.

Quem compra online é 27% mais influenciado por recomendações. Consumidores com 65 anos ou mais também confiam fortemente em terceiros, assim como pessoas da região Norte. Já as mulheres se mostram 19% menos influenciadas por esse fator, preferindo atributos objetivos.

O mesmo ocorre com leitores de notícias e consumidores de moda, que tendem a valorizar mais informação direta ou autoexpressão.

Fiéis à marca

A confiança é o elo que guia esse perfil. Consumidores desse grupo preferem marcas conhecidas e consolidadas, com histórico e reputação no mercado. Seus canais de compra mais frequentes são farmácias e o ambiente online.

O estudo mostra que quem consome conteúdo sobre localidades mundiais, ciência ou negócios tem maior propensão a escolher marcas familiares.

Já o público de 25 a 34 anos, assim como leitores de conteúdo esportivo ou de notícias, tende a buscar novidade, desempenho ou informação, e não necessariamente marcas tradicionais.

O contexto importa bastante

A pesquisa também revelou que o comportamento de compra está diretamente ligado ao tipo de conteúdo que o consumidor consome.

Mais do que saber quem é a pessoa, é preciso entender como ela está pensando no momento da exposição à mensagem.

Quem compra em supermercados, por exemplo, pode ser encontrado com mais frequência em páginas de finanças, saúde, empregos e notícias locais.

Já os consumidores de lojas de bairro têm maior presença em conteúdos de moda, artes e lazer.

Farmácias têm forte conexão com leitores de literatura, ciência e saúde. E o público de compras online se alinha a temas como eletrônicos, joias, estilo de vida e comunidades digitais.

Veja a pesquisa completa aqui.