Maximídia

Greg Hahn: “Estratégia e criatividade funcionam em harmonia”

CCO da Mischief explica como construir uma agência que valoriza liberdade criativa e soluções estratégicas

i 1 de outubro de 2025 - 20h10

Decidir que tipo de lugar se quer construir e fazer de tudo para alcançar esse objetivo. Essa foi a motivação da fundação da agência independente Mischief, nos Estados Unidos, segundo o seu cofundador Greg Hahn, que também ocupa o cargo de chief creative officer (CCO). Ele foi um dos três entrevistados da trilha Conexão Global, no Maximídia 2025.

Greg Hahn, cofundador e CCO da Mischief no Maximídia 2025

Greg Hahn detalha o processo que transforma ideias malucas em soluções estratégicas na Mischief (Crédito: Edu Lopes/Máquina da Foto)

Segundo o criativo, começar uma agência do zero é como escrever em uma “lousa limpa”, sem precisar lidar com grandes questões do passado. “Para nós, era sobre construir um lugar que dá o tipo de liberdade e apoio criativo para o talento ansiava em outras agências, eliminando coisa como silos”.

A partir desse olhar, ele contou que houve o esforço de estabelecer espaço seguro para ideias perigosas: “Esperamos que as pessoas tragam a coisa mais maluca que ninguém mais traria para a reunião e veremos como isso se desenrola”. Essa diretriz é, segundo ele, muitas vezes inversa ao que ocorre com outras operações.

“Agências são, frequentemente, culpados de serem seus próprios piores clientes. Elas se censuram antes mesmo do cliente real. Muitas vezes, começamos projetos a partir de coisas que estão no final do deck”, revela.

Conforme o cofundador da Mischief, criatividade e estratégia são componentes da mesma fórmula, devendo funcionar sempre em harmonia. A primeira etapa, nesse sentido, diz respeito à “o quê dizer”, sendo o local onde gasta-se tempo com a questão estratégica.

“Gastamos a maior parte do nosso tempo lá, descobrindo o que estamos tentando dizer. Para isso, descobrimos criativos, planners e atendimento em torno disso, a fim de encontrar quatro ou cinco maneiras de abordar o problema e de possíveis direções”, explica.

Uma vez alinhados, parte-se para a segunda etapa, que é a do “como dizer”, ou seja, da criação em si. O procedimento define, conforme Hahn, o processo de atração de talentos: “Só contrataremos criativos cujo portfólio esteja realmente cheio de ideias estratégicas, o que significa que encontraram soluções interessantes para problemas, não apenas execuções legais”.