Os planos da Nascar para o mercado brasileiro
Enxergando uma oportunidade de ampliar o seu share, conexão com o público e marcas, modalidade automobilística mira em experiências para o publico brasileiro
O desenvolvimento de pilotos também faz parte das estratégias de desenvolvimento da Nascar (Crédito: Clayton Medeiros-SigCom)
Com mais de 77 anos de existência, a National Association for Stock Car Auto Racing (Nascar) já é um esporte consolidado nos Estados Unidos. Por isso, assim como outras modalidades norte-americanas, como a National Football League (NFL) e a National Basketball Association (NBA), a competição automobilística viu no Brasil uma oportunidade de ampliar o seu mercado e conexão com o público.
Embora outras ligas já estejam trazendo ao País jogos da temporada regular , eventos e elementos de experiência de que aproximam o torcedor brasileiro do que acontece nos EUA, a modalidade automobilística decidiu trabalhar diretamente em território local, com campeonatos dentro do Brasil, com o desenvolvimento de pilotos, de um guia que, apesar de beber da fonte de sua origem, tem especificidades nacionais.
“Entendemos que existia um mercado grande fora dos Estados Unidos. Lá, a Nascar já é grande e é difícil mexer no ponto de share”, explica Gustavo Carvalho, diretor de marketing da Nascar Brasil.
A chegada do executivo também foi um dos movimentos do esporte que, há três anos, está ampliando a sua presença no País. As duas primeiras temporadas foram focadas na entrega do guia de encargos. Agora, com a chegada de Carvalho e Andrea Simi, gerente de relacionamento comercial, o esporte vai atrás de parceiros comerciais.
O diretor comenta que esse movimento se deu porque a Nascar viu o interesse dos patrocinadores. “Mudamos o modelo de gestão e abrimos para equipes profissionais entrarem no esporte. Os canais e patrocinadores começaram a nos enxergar e nós começamos a fazer uma divulgação um pouco maior”, diz.
No Brasil, a Mais Brasil é a empresa que detém a chancela da Nascar. Assim como a versão brasileira, existe a Nascar Europa, Nascar México e Nascar Canadá. Em solo nacional, os pilotos correm junto com a Copa Truck, o que também ajuda a atrair novos públicos.
Automobilismo como plataforma de mídia
Além do desenvolvimento da modalidade e de pilotos brasileiros, a Nascar também tem planos de ser uma plataforma de mídia. E para isso, a empresa quer trazer para o público as histórias e bastidores dos eventos, humanizando os pilotos.
“Queremos criar os personagens de forma sutil e com constância. Ter pilotos brasileiros é uma forma de crescer mais rápido em uma região específica. No motor esporte temos um legado de pilotos vencedores, o Brasil precisa ter um representante e isso tem voltado”, afirma Carvalho.
Atualmente, a modalidade tem representantes como Rubinho Barrichello, Ricardo Zonta (ambos ex-Fórmula 1), Cacá Bueno, Thiago Camilo (multicampeões da Stock Car), entre outros pilotos.
Além disso, a Nascar investe na transmissão das corridas. A modalidade já é consolidada na ESPN, na TV por assinatura, e este ano conseguiu entrar na TV aberta, com a RedeTV!.
Relacionamento com as marcas
Para a parte comercial, a Nascar se define como uma plataforma de negócios, trabalhando com três pilares fundamentais: a começar pela exposição de marca. O segundo ponto é ser um espaço de mídia seja em seus canais, ou em parcerias para fechar cotas com os players de transmissão.
O terceiro pilar é a parte de experiência. “Temos um foco em relacionamento para empresas que querem gerar experiências para os seus consumidores. Apresentamos a eles o autódromo e infinitas possibilidades em um trabalho realizado de forma on demand”, completa o executivo.
A Nascar conta hoje com Frum Tecnologia em Freios, General Motors, Graxa, Karter, Militec, Petrobras, Pirelli, Servitec, Sparco e Tecpads como patrocinadores.
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