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Feira Preta 2022 impulsiona economia criativa
Festival acontece de 4 de novembro a 5 de dezembro, em diversas regiões de São Paulo, e reúne mais de mais de 140 empreendedores e 28 marcas
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Carolina Huertas
19 de outubro de 2022 - 17h11
O Festival Feira Preta 2022 acontece de 5 de novembro a 4 de dezembro. Espalhado por diferentes regiões de São Paulo, o evento e se encerra no Memorial da América Latina, nos dias 3 e 4 de dezembro, com a Feira Preta. Com o tema “O Futuro Preto se Faz Hoje’, a edição 20+1 traz a economia criativa preta através de mais de 140 empreendedores de todo o País. Simultaneamente com e conteúdos e painéis que abordaram áreas como moda, Web3, música, audiovisual, games, gastronomia e outros.
“São muitos conteúdos pois tivemos 135 anos após o período da abolição, temos muito atraso e desigualdade. Não temos tempo e, sendo assim, temos que fazer de maneira sistêmica. E de maneira sistêmica é tudo junto e tudo ao mesmo tempo. Então, falamos de educação, moda, educação financeira, gastronomia, filmes, Web3 e muito mais”, conta Adriana Barbosa, idealizadora da Feira Preta e CEO da PretaHub.
Gratuito e aberto ao público, o festival necessita de retirada de ingresso no site Sympla apenas no encerramento no Memorial da América Latina. Além do ingresso, será pedido a entrega de 1kg de alimento não perecível. Em parceria com o Assaí, cada quilo de alimento arrecadado será duplicado pela empresa.
Juntamente com os negócios negros, o evento terá mais de 130 atrações nacionais e internacionais. Entre os nomes estão Iza, Baiana System, Discopédia, Bushman, La Pacifican Power, Renascer Del Pacifico e Jelly Cleaver. Como resultado da organização, a expectativa é de mais de 60 mil pessoas no formato presencial. Além disso, a criadora de conteúdo e apresentadora Ana Paula Xongani e o influenciador Roger Cipó farão a apresentação.
“Eu cresci na Feira Preta. Ela tem um papel muito importante na construção da minha identidade, do meu processo de consciência racial e de compreensão de negócios e potência”, diz Cipó. “Eu comprei minha primeira boneca preta na feira preta. Vou desde a primeira edição e tenho muito orgulho de dizer que já fiz um pouco de tudo. A Feira Preta é um lugar de experimentação, de afirmarmos nossos talentos e potências”, conta Ana.
Realizado pela PretaHub, o evento conta com as parcerias da Ambev, Instituto Assaí, Academia Assaí, British Council, Consulado Geral dos Estados Unidos de São Paulo, Converse, Embaixada da Colômbia no Brasil, Festival de Música del Pacífico Petronio Álvarez, Fundação Casas Bahia, Globo, Grupo Boticário, Instituto C&A, Instituto Moreira Salles, JP Morgan, Mauricio de Sousa Produções, Meta, Mercado Livre, Mercado Pago, Mover, Museu das Favelas, PepsiCo, Santander, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Secretaría de Cultura de Cali, Sesc São Paulo, The Walt Disney Company e XP Inc.
“Por todo esse festival que vai acontecer, quem está bancando a conta são as empresas. É uma junção de várias marcas e do governo para que a gente garanta que a feira seja gratuita com essa qualidade artística”, afirma Adriana.
Durante a coletiva de lançamento, Adriana revelou algumas das ativações. Com Assaí, além da doação de alimentos, serão organizadas programações gastronômicas; uma brinquedoteca será criada em parceria com a Turma da Mônica; para moda, alguns desfiles contam com o apoio da Converse; e a collab Identidades da C&A levará quatro designers de acessórios resgatando a influência da população negra na joalheria.
Já com a JP Morgan, a organização apoia cinco feiras pretas do interior de São Paulo, onde fizeram um processo de formação e as levaram para a Feira Preta 2022. Assim, também do lado de conteúdo, O Mover está endereçando os talks, a Disney levará ilustradores negros que estão desenvolvendo super-heroínas e a Globo estará presente com o projeto Narrativas Negras.
Transitando pela grande São Paulo, o Festival Feira Preta 2022 passa por territórios periféricos da cidade, como Grajaú, Cidade Tiradentes, Brasilândia e Campo Limpo, além do centro e locais, como Arena XP, Sesc-SP, Instituto Moreira Salles (IMS), Museu das Favelas e Memorial da América Latina. Adriana conta que as regiões foram escolhidas pela concentração de população africana.
“Nos territórios vai ter a feira de empreendedores que são daquela região, junto com uma programação de gastronomia que estamos fazendo junto com o Assaí e apresentação musical de artistas locais. Em cada território estamos contando um tipo de história. Por exemplo, no IMS estamos falando dos fluxos migratórios, no Museu das Favelas estamos contando a história dos 21 anos. É uma programação que foi pensada especificamente para cada território”, conta a empreendedora.
Fundada em 2002, a Feira Preta nasceu para a venda de produtos de empreendedores negros. Todavia, com o tempo, se tornou um festival com conteúdos, produtos e serviços de diversos segmentos. Como resultado, ao longo desses 20 anos, o evento recebeu mais de 200 mil pessoas, quatro mil artistas, 2,3 mil empreendedores do Brasil e da América Latina, além de 65 milhões de views em formato online. Nesse meio tempo, para os afroempreendedores, as vendas de produtos e serviços já movimentaram mais de R$ 6,5 milhões.
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