JF pode comprar a construtora Delta
Conglomerado da família Batista, dona do grupo JBS, espera resultado de auditoria para decidir se compra ou não a construtora envolvida em escândalos de corrupção
Conglomerado da família Batista, dona do grupo JBS, espera resultado de auditoria para decidir se compra ou não a construtora envolvida em escândalos de corrupção
Meio & Mensagem
10 de maio de 2012 - 8h38
A nova empreitada da holding J&F, controladora da maior empresa de proteína animal do mundo, o frigorífico JBS, é no setor de construção. O conglomerado da família Batista contratou a KPMG para auditar a construtora Delta e, após a conclusão do processo, poderá optar ou não pela compra da empresa carioca, que atualmente é investigada por supostas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM). Segundo fontes consultadas pelo jornal Valor Econômico, o valor do negócio poderia atingir a cifra de R$ 1 bilhão se a aquisição fosse concretizada antes da auditoria.
Pelo acordo inicial, a previsão é que a J&F possa indicar novos nomes para os cargos de presidente, diretores e membros do conselho de administração. Além da mudança de gestão, o contrato isenta ainda a companhia oriunda de Goiás de responsabilidades em relação aos contratos em vigor até a conclusão da auditoria. Com faturamento de R$ 4 bilhões e patrimônio líquido avaliado em R$ 1 bilhão, a cinquentenária Delta possui hoje centenas de contratos de infraestrutura urbana, saneamento e incorporação, ligadas principalmente à obras públicas, como a reforma do estádio do Maracanã, para a Copa de 2014, além da construção do corredor Transcarioca, no Rio de Janeiro, projetado para os Jogos Olímpicos de 2016.
Em comunicado a J&F garante que o “objetivo é honrar os contratos que serão auditados e preservar os mais de 30 mil empregos da Delta”, disse Joesley Batista, presidente executivo da companhia que faturou R$ 60 bilhões em 2011, resultado proveniente de uma gama diversificada de negócios que vai da carne (JBS, que opera com as marcas friboi e Swift), à celulose e papel (Eldorado), lácteos (Vigor), higiene e limpeza (Flora), até o setor financeiro (Banco Original e o banco gaúcho Matone).
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