Mulheres apontam marcas associadas à maternidade
Pesquisa da MindMiners também identifica que a maioria das entrevistadas não se sente representada por nenhuma marca
Mulheres apontam marcas associadas à maternidade
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Luiz Gustavo Pacete
12 de maio de 2017 - 17h39
Quais as marcas diretamente associadas quando o tema é maternidade? E quais são aquelas que mais se aproximam da representação do universo de consumo feminino? Essas e outras perguntas são respondidas pelo resultado do levantamento realizado pela MindMiners a pedido de Meio & Mensagem. A pesquisa levou em consideração a opinião de 1000 entrevistadas na faixa de 16 a 60 anos de todas as regiões. As perguntas foram respondidas durante o período de 27 de abril a 3 de maio.
Mãe é tudo igual? Na publicidade, não
Quando o questionamento aberto é sobre a marca que melhor traduz o conceito de maternidade, a Jonhson & Jonhson lidera o resultado aparecendo em 28% das respostas. Em seguida vem a Pampers com 12% de representatividade e, em terceiro lugar, aparece a expressão não sei com 12% das respostas. A Natura possui 9% do percentual de respostas em seguida vem a expressão nenhuma, com 7%. Nestlé tem 3% das respostas. Na mesma resposta, não surgiram apenas marcas, mas também termos como amor, 3% e bebê, 3% e amor 3%.
No quesito “marca que vem à cabeça quando pensa em mulher”, Marisa está em primeiro lugar com 18% das respostas. Em segundo vem O Boticário com 9% de participação. Avon, Natura e a expressão nenhuma empatam com 7%. A Mary Kay tem 4% das respostas junto com Intimus Gel. E com 3% aparecem Mac, Dove e Sempre Livre. Sobre a marca que melhor representa as mulheres, 15% apontam que nenhuma. O Boticário e Natura aparecem com 8% seguidas por não sei com 7% e Avon e Mary Kay com 6%. Marisa tem 3%, Dove e Mac aparecem com 2%.
Quando coletadas as reações diante da afirmação “existem marcas que devem ser consumidas por homens e outras que devem ser consumidas por mulheres”, 54% das respondentes disseram que discordam contra 46% que afirmaram concordar. Na afirmação “eu só compro produtos de marcas que se posicionam como feministas”, 56% discordam e 44% concordam. Já 78% concordam em evitar comprar produtos de marcas que usam a imagem objetificada da mulher em campanhas publicitárias contra 22% que não concordam.
Um total de 84% das respondentes concorda em levar consideração como a forma com que as marcas representam as mulheres na hora de comprar um produto contra 16% que discordam. Do total das entrevistadas, 40% afirmam ter filhos, 45% não, mas pretendem e 15% não possuem e não pretendem. Quando questionadas sobre o que significa ser mãe, a palavra amor aparece para 37% das respondentes seguida por ser, 8%, cuidado, 8%, carinho, 6% e dedicação, responsabilidade, vida, guerreira e maravilha com 3%.
Questionadas sobre figuras femininas que as representam, a atriz Emma Watson lidera com 11%, 6% identificaram Beyoncé junto com nenhuma, 6% e Ivete Sangalo aparece com 14%. Frida Kahlo tem 4% seguida por Angelina Jolie com 3% e 3% suas próprias mães. Para Danielle Almeida, gerente de marketing da MindMiners, apesar de muitas marcas aparecerem nas lembranças das mulheres, ainda existe um baixo nível de identificação. “As empresas que lidam diretamente com esse público ainda não encontraram uma forma de criar identificação e, consequentemente, de se relacionar com essas novas mulheres, principalmente por não saber como representá-las em seus esforços publicitários”, diz Danielle. Ela ressalta que isso não significa, necessariamente, que as marcas tenham que abraçar posições fortes em relação, por exemplo, ao feminismo e outras ideologias e movimentos.
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