Prós e contras do e-commerce no Facebook
Rede social testa a inclusão de lojas virtuais nas páginas das marcas
Rede social testa a inclusão de lojas virtuais nas páginas das marcas
Meio & Mensagem
20 de julho de 2015 - 11h19
(*) Por Tim Peterson, do Advertising Age
O Facebook já ajuda as lojas a vender produtos por meio da compra de espaço publicitário, mas agora a empresa quer vender o próprio produto sem que o consumidor tenha que sair da rede social.
O Facebook está testando a capacidade das lojas em criar e-commerces nas páginas da rede social, a empresa contou ao BuzzFeed. A rede social já testou a capacidade das pessoas em realizar compras por meio de posts e anúncios.
As lojas parecem ser a o próximo passo para esse teste.
A rede social já está testando dez lojas e não está cobrando taxas por venda durante o período de teste. Não está claro se o Facebook cobraria essa taxa mais para frente para ganhar dinheiro ou faria com que as lojas comprassem espaço publicitário para atrair mais vendas.
O teste de vendas parece ser o equivalente ao Instant Articles, lançado em maio, que convidava os publishers a colocar artigos diretamente no Facebook. A nova plataforma também possui prós e contas.
Pró: o Facebook daria às lojas novos clientes.
Contra: esses consumidores pertenceriam ao Facebook; as lojas só os alugariam, por assim dizer, como marcas de alimentos alugando espaço em outros supermercados.
Pró: o novo algoritmo do Facebook provavelmente favorecerá os posts das lojas que ligam às páginas de vendas, o que significa que essas lojas poderiam aparecer de novo no feed das pessoas sem ter que pagar, como elas eram capazes antes do Facebook cortar o alcance orgânico no fim do ano passado.
Contra: o Facebook poderia fazer com que as lojas comprassem anúncios para aparecer no novo feed das pessoas. A rede social também poderia seguir o exemplo do Google e tornar cada produto em um anúncio e cobrar a cada vez que a pessoa clicar para ver o produto, mesmo se elas não comprarem.
Pró: o Facebook poderia dar às lojas uma ideia melhor de quem são as pessoas que compram seus produtos, ao compartilhar dados de perfis sobre a localização, idade, interesses e compras comuns dos clientes.
Contra: o Facebook poderia usar níveis de informações como troca para conseguir mais dinheiro em publicidade ou conseguir uma parcela do valor da compra.
Pró: as lojas no Facebook podem dar um novo motivo para as pessoas voltarem a olhar a página das lojas nas redes sociais, que ficaram menos visitadas após o corte do alcance orgânico dessas páginas.
Contra: condicionados a não olhar as páginas do Facebook depois do corte de alcance, as pessoas poderiam ter trabalho em se motivar para olhar lojas nessas páginas.
Pró: o Facebook estaria criando uma competição com o Google e com a Amazon, dando aos varejistas a opção de escolher em qual plataforma quer vender e a quais termos.
Contra: se as pessoas se acostumarem a comprar no Facebook, Amazon e Google, as lojas virtuais das lojas acabariam, assim como o seu poder de negociação.
Pro: o Facebook daria às marcas e às pessoas que não possuem seus e-commerces uma oportunidade de vender produtos a consumidores em potencial na base de 1,4 bilhão de usuários ativos por mês. Novos negócios podem surgir e ganhar força com custos menores. Os hobbys poderiam se tornar negócios.
Contra: o Facebook poderia se tornar uma parte tão crucial da estratégia de e-commerce das marcas que poderia se tornar uma vitrine capaz de criar ou destruir lojas pequenas com facilidade, como aconteceu com empresas de jogos sociais, leitores de notícias sociais e sites de clickbait.
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