Marketing
Rock in Rio sem Lei Rouanet
Festival mudou seu posicionamento e não terá patrocínios incentivados na edição deste ano
Festival mudou seu posicionamento e não terá patrocínios incentivados na edição deste ano
Teresa Levin
8 de abril de 2015 - 2h11
A organização do Rock in Rio anunciou que decidiu cancelar o uso do incentivo da Lei Rouanet em sua próxima edição nacional, que acontecerá em setembro deste ano. As verbas incentivadas responderiam pela cobertura de 6,6% dos custos totais do evento, apesar da aprovação do Ministério da Cultura (Minc) para uma captação de 11% do orçamento do festival, o que daria um valor de R$ 18,3 milhões.
A decisão de não aproveitar o incentivo veio por conta da necessidade de uma aprovação do Minc sobre o aumento do preço dos ingressos para o evento. No projeto aprovado junto ao ministério, as entradas custariam R$ 260 (inteira) e R$ 130 (meia). Por conta da alta do dólar e da inflação, a organização do Rock in Rio aumentou o preço dos ingressos para R$ 350 (inteira) e R$ 175 (meia).
“Sem tempo hábil para aguardar o retorno do Ministério da Cultura, sobre o pedido de reajuste de preços dos ingressos do Rock in Rio ocasionado pela alta do dólar e pela inflação, os promotores do evento decidiram cancelar o uso do incentivo da Lei Rouanet”, informou a organização através de um comunicado.
As vendas de ingressos para o Rock in Rio começam nesta quinta-feira, 9, e serão feitas exclusivamente no site do Ingresso.com. De acordo com os organizadores, foi inviável manter o preço pensado originalmente, já que ele não cobriria os custos necessários para colocar o evento de pé.
Com a desistência da utilização da Lei Rouanet, o Rock in Rio devolverá os R$ 4 milhões que havia captado com Colgate, Correios e Sky. A organização informou ainda que “reafirma, assim, o seu respeito ao público, a transparência de suas ações e o compromisso de honrar todas as suas obrigações empresariais com bandas, órgãos públicos, parceiros e fornecedores”.
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