Lideranças femininas de tech têm salário inferior ao dos homens

Buscar
Publicidade

Women to Watch

Lideranças femininas de tech têm salário inferior ao dos homens

Pesquisa realizada pela Strides Tech Community em parceria com a Endeavor aponta maior disparidade salarial entre gêneros em cargos de supervisão, gerência e direção


7 de maio de 2024 - 17h06

A Strides Tech Community, edtech que funciona como uma comunidade das principais lideranças de tecnologia do país, acaba de divulgar os dados da sua mais recente pesquisa, em parceria com a Endeavor, sobre o panorama da liderança tech no Brasil nos anos de 2023 e 2024. O levantamento conclui que as lideranças femininas na área têm, em média, salários 2,8% inferiores aos dos homens.

O estudo, inédito no Brasil e conduzido pela Insights Tech Strides, braço de pesquisa da edtech, traz um retrato da realidade do mercado de tecnologia no país, uma vez que levou em consideração aspectos como perfil das empresas e dos colaboradores. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas com 1076 líderes do setor, revelando desafios de equidade de gênero, questões sobre saúde mental e perspectivas do mercado. 

Disparidade salarial entre gêneros

A pesquisa concluiu que líderes mulheres na área de tecnologia têm salários 2,8% inferiores aos dos homens, com as maiores discrepâncias em cargos de supervisão, gerência e direção, com diferenças que variam entre 12% e 55,2%.

É notável a maior distribuição de mulheres com remuneração abaixo de 11 mil reais. Aproximadamente 15% das profissionais femininas estão nesta faixa salarial, contra apenas 5% dos homens, ou seja, existem 3 vezes mais mulheres recebendo menos de 11 mil reais em posições de liderança na área tech do que profissionais do gênero masculino.

Além disso, embora a representatividade das mulheres em empresas de consultoria da área apresente um positivo equilíbrio de 50%, ainda há desafios nas big techs, e-commerces e startups, com participação entre 23% e 33%. O pior cenário encontra-se nas empresas tradicionais, onde a fatia de líderes mulheres é de 6,4%.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Algoritmos novos, vieses antigos: como a IA reforça estereótipos

    Algoritmos novos, vieses antigos: como a IA reforça estereótipos

    Especialistas refletem sobre a urgência de uma abordagem crítica e transparente na implementação de tecnologias de inteligência artificial

  • De estagiária a VP global: os 20 anos de Thais Hagge na Unilever

    De estagiária a VP global: os 20 anos de Thais Hagge na Unilever

    A nova VP global de marketing para Seda fala sobre sua trajetória na multinacional e como concilia a carreira com outras áreas da vida