Startup cria rede social que permite troca de tempo
Uma das idealizadoras do projeto, Lorrana Scarpioni conta como surgiu a ideia de utilizar o tempo como moeda; serviço já é utilizado em mais de 50 países
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Meio & Mensagem
5 de fevereiro de 2014 - 3h40
* Por Isabella Lessa, do ProXXIma
Muitas vezes, gastamos nosso tempo online em atividades pouco produtivas. Minutos vendo inutilidades nas redes sociais poderiam ser dedicados a aprender algo, como tocar violão, dançar ou cozinhar melhor. Essa é proposta da Bliive, rede social que, em vez de funcionar como um espaço para compartilhamentos virtuais, encoraja as pessoas a ensinarem habilidades umas às outras por meio da troca de tempo.
Por exemplo, você domina o inglês e quer muito aprender a fazer tricô. Então, você oferece a alguém uma hora daquilo que sabe fazer melhor e, em troca, ganha TimeMoney para buscar a habilidade que sempre quis aprimorar.
O conceito da troca de tempo vem sido aplicado desde a década de 1980, segundo Lorrana Scarpioni, CEO e cofundadora da Bliive. Depois de assistir a dois documentários, o Us Now, sobre colaboração online e The Money Fix, sobre economia criativa, a empreendedora teve a ideia de unir o banco de tempo à internet, em 2012. “Comecei a ver que o dinheiro pode ser mais saudável e pensei em trazer a troca de tempo, que já existia, para o ambiente virtual”, afirma.
Quando foi lançada, em agosto de 2013, a empresa contava apenas com Lorrana, dois designers e um programador. Desde então, a plataforma vem sendo utilizado por cerca de 12,648 pessoas de 51 países diferentes, o que resultou em mais de 21 mil horas oferecidas. “Foi mais boca a boca e apresentamos o projeto para blogs internacionais”, diz Lorrana.
O Bliive é gratuito para todos os usuários e não trabalha com anúncios publicitários. A plataforma tem parcerias com ONGs que precisam de voluntários, o que possibilita aos usuários a troca de voluntariados por experiências no site.
A iniciativa também tem um viés corporativo. Empresas que queiram incentivar a troca de tempo entre seus funcionários podem contratar o serviço. “Isso estimula a integração entre os funcionários e é um jeito de a empresa economizar com capacitação”, observa Lorrana.
No momento, a empreendedora adianta que a empresa está finalizando investimento com um brasileiro. Outros investimentos, parcerias com pontos de troca e a criação de um aplicativo mobile também estão nos planos da Bliive em 2014.
Em seu curto tempo devida, a startup já conseguiu ir longe. “O que mais nos motiva é ver as pessoas se conhecendo e trocando experiências, sem precisar utilizar dinheiro”, finaliza Lorrana.
Saiba mais sobre como o Bliive funciona:
Bliive – Intro from Bliive on Vimeo.
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