Talk com Môni aborda o luxo mais liberto de suas próprias amarras

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Talk com Môni aborda o luxo mais liberto de suas próprias amarras

Em sua quarta edição, evento que acontece no JK Iguatemi discute redes sociais e influência no segmento que por muito tempo resistiu a tudo isso


19 de abril de 2024 - 15h18

Sofisticação na mensuração, profissionalização do conteúdo e mudança no comportamento das grifes são as tendências mais relevantes, segundo Mônica Salgado (Crédito: Divulgação)

Da primeira edição, em agosto de 2022, na Casa Higienópolis, com 250 pessoas e 30 speakers, o Talk com Môni, evento organizado pela jornalista Mônica Salgado (ex-redatora-chefe da Vogue e diretora da Glamour), irá reunir neste sábado, 20 de abril, no shopping JK Iguatemi, 40 speaker e cerca de mil pessoas. O foco é tratar a influência como negócio, particularmente no segmento de moda e beleza voltados ao luxo.

A receita do evento vem, predominantemente, da venda de ingressos. Mais de 500 deles foram vendidos – com preços iniciais de R$ 800 mais taxas e que no último lote chegaram a R$ 1,5 mil mais taxas – tendo também as cotas para marcas patrocinadoras e apoiadoras. Os ingressos VIP se esgotaram há duas semanas e os normais, há uma semana, comprovando o interesse no assunto.

Na edição deste ano, os palestrantes se dividirão em dois palcos. O auditório maior, com plateia para 500 pessoas, receberá painéis sobre temas amplos da influência no mercado de luxo e seu futuro, com a presença de até cinco debatedores. No palco Cubo, com capacidade para 150 pessoas, os assuntos serão mais nichados e “práticos”, com palestras com Gabriela Comazetto, executiva doTikTok, sobre o que faz o conteúdo viralizar; de coolhunters; sobre padrões de beleza nas redes sociais, com João Braga, professor de moda renomado; e cases de publi efetivos para o segmento.

Questionada sobre as tendências para a influência no luxo, Mônica Salgado, aponta a sofisticação na mensuração, a profissionalização do conteúdo e a mudança de comportamento das próprias marcas de luxo em relação às redes sociais.

No primeiro caso, Mônica lembra que estudos do YouPix apontam que o Brasil tem cerca de 20 milhões de influenciadores, ou seja, uma saturação de conteúdo. “Tem muita gente fazendo mais do mesmo e isso está fazendo as marcas também reverem suas campanhas. Obviamente, o que convertia antes não converte mais, o que funcionava antes não funciona mais”, argumenta Mônica.

Ela explica que a grande referência de sucesso em redes sociais de até pouco tempo, que era a taxa de engajamento – mix de comentários e compartilhamentos do conteúdo, além de conversão – não funciona mais. O mesmo estudo do YouPix, diz, aponta que apenas 16% das pessoas fecham uma compra logo depois de verem um conteúdo.

Logo, existem compras tardias, conversões tardias, empréstimo de atributo de marca, o quanto um influenciador marca aquela grife na mente do consumidor como preferência de compras num futuro próximo. Portanto, diz, o mercado começa a aplicar um método de mensuração mais sofisticado, porque os velhos métodos não dão conta desses novos comportamentos dos consumidores.

Mônica reconhece que as redes sociais são “múltiplas e diversas”, cabendo todo tipo de approach, mas, especialmente no luxo, a profissionalização extrema dos conteúdos é considerada outra macrotendência: “Você não consegue mais entregar um conteúdo ‘mais ou menos””. Isso tem feito até pessoas que não são criadoras de conteúdo profissionais se sentirem intimidadas a postar fotos banais do cotidiano, acrescenta a jornalista, visto que Instagram e TikTok deixaram de ser redes sociais e viraram redes de entretenimento.

Por fim, um movimento digno de ser classificado como tendência relevante na influência de moda é a própria mudança de comportamento das grifes: “O luxo, que já foi tão conservador e dono da narrativa, o último pilar da moda a aderir à rede social e à influência, justamente porque precisava ter o controle da narrativa, porque são marcas centenárias, que têm um legado etc, hoje, está completamente mais democratizado, apostando no TikTok, nessas novíssimas gerações, que não mais atendem àquele ideal de influenciadora princesa, com sobrenome quatrocentão”, explica Mônica.

Com isso, às Helenas Bordons e Lala Rudges, se juntaram, inicialmente, nomes como Silvia Braz, que começaram, segundo Mônica, a conferir mais energia e colorido ao luxo. Depois, chegou toda uma geração de influencers nascidas no TikTok, mais jovens, mais “esquisitas”, ou seja, com estilos mais ecléticos e mais fora da curva, que fazem muito sucesso no luxo. Malu Borges é um exemplo deste último caso.

“Vejo, hoje, o luxo mais liberto dessas amarras e desses padrões. A Malu Borges, que é a grande bola da vez no luxo, é uma menina que surgiu no TikTok. Mais jovem, mais dinâmica, menos certinha. É uma self made woman. Então, o luxo hoje aceita esse tipo de figura e isso traz mais interesse, energia e cor ao mercado de luxo nas redes sociais”, define a hostess do evento de amanhã no JK Iguatemi.

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