Mídia
As possibilidades que o 3D traz para o universo do OOH
Clear Channel e JCDecaux começam a testar formato em suas telas com a proposta de levar anúncios dinâmicos e interativos ao público
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Bárbara Sacchitiello
29 de março de 2023 - 6h00
O out-of-home é o meio que mais cresceu em 2022 no Brasil, em termos de investimentos publicitários, de acordo com os resultados do Cenp-Meios.
Ao longo de todo o ano passado, o OOH angariou mais de R$ 2,160 bilhões em compra de mídia, de acordo com o reportado pelo monitoramento. O número é 27,9% maior do que o registrado pelo Cenp-Meios em 2021.
O bom momento do setor se reflete não apenas nos números mas também na sofisticação da criatividade e da tecnologia utilizada no meio. Em meio ao processo de digitalização das telas, que abriu novas possibilidades de veiculação e também de mensuração para os anunciantes, o meio agora começa a experimentar outras formas de levar as mensagens das marcas ao público.
Uma delas é por meio da tecnologia 3D. Na semana passada, quem circulou pelo Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos se deparou com uma instalação diferente, que testava o 3D Deep Iconic, novo equipamento da JCDecaux voltado à veiculação de campanhas em três dimensões.
A peça mostra a personagem da clássica pintura “Moça Com Brinco de Pérola”, de Vermeer, que interagia com a projeção de uma garrafa de Coca-Cola, até “transformar” a imagem digitalizada da bebida em uma garrafa real. A ativação foi criada pela David Miami. Veja:
Na semana passada, outra empresa de out-of-home também apresentou ao mercado uma solução em 3D. Por meio de uma parceria com a Vati, produtora de execução publicitária especializada nesse tipo de tecnologia, a Clear Channel começou a oferecer aos seus clientes a possibilidade de replicar campanhas com efeito 3D em seu circuito de painéis, chamado de 3D Play.
A nova tecnologia poderá ser utilizada nos painéis da empresa instalados no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba.
A empresa acredita que a tecnologia 3D tem impulsionado a inovação em todo o setor ao tornar a publicidade mais dinâmica, imersiva e realista no mundo, graças ao seu formato sofisticado, com imagens que priorizam a narrativa dos anúncios e aumentam a visibilidade e impacto.
“O 3D ultrapassa todos os limites e tem mais possibilidades de evoluir, sejam pelo avanço tecnológico ou com a espetacular capacidade criativa que temos. Tenho convicção que essa é uma nova tendência que veio para ficar, especialmente para o mercado de OOH brasileiro”, analisa Wlamir Lino, diretor comercial nacional da Clear Channel.
O executivo conta que a criação do circuito 3D demandou seis meses de estudo, junto com a Vati, para que a empresa conseguisse chegar a uma oferta de mídia em que as mensagens possam ser veiculadas em roteiros com várias fazes digitais simultaneamente.
No caso da ação da Coca-Cola, foi utilizado o primeiro equipamento da JCDecaux nesse formato de mídia 3D implementado na América Latina. Além do Brasil, a empresa de OOH já dispõe da tecnologia dos mercados da África do Sul, Estados Unidos, Noruega e Barein.
Em nota, o diretor de vendas da JCDecax Brasil, João Binda, comentou que estrear uma campanha global com a Coca-Cola em um dos ativos mais inovadores da companhia – a tecnologia 3D – era um motivo de grande orgulho.
“Essa união mostra na prática o poder do DOOH em impactar e criar experiencias únicas de imersão e interação para toda a audiência, trazendo mais relevância para o meio nas estratégias de comunicação”, acredita Binda.
O novo circuito da Clear Channel terá a veiculação de mensagens por um tempo de 20 segundos, quando o tradicional, segundo a companhia, é de 10 segundos. A ideia é ampliar a visibilidade e o impacto por todas as telas.
“Essa Essa evolução, além da diferenciação da criação, que traz muito mais relevância e contexto para os anúncios, preserva as principais características do meio OOH como alcance, frequência e impactos, captando o interesse de milhares de pessoas ao mesmo tempo”, conclui Lino.
Continue a leitura sobre o tema e acompanhe na seção OHH as principais notícias e cases out-of-home.
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