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Espionar o namorado vira negócio

Desenvolvedor do Rastreador de Namorado explica como o polêmico aplicativo pretende atrair verbas por meio de assinatura mensal


16 de agosto de 2013 - 12h57

Saber todas as ligações que o namorado fez, os destinatários de suas mensagens de texto, os locais por onde passou e até mesmo as vezes em que ele deixou o celular desligado propositalmente não são mais desejos impossíveis para as mais curiosas (ou desconfiadas) mulheres.

Esse grupo de pessoas que tem interesse em espionar a vida alheia acabou virando um mercado potencial aos olhos dos amigos Matheus Grijó e Danilo Neves Cruz, responsáveis pelo Rastreador de Namorado, um aplicativo que permite a espionagem da movimentação do telefone celular do parceiro, e que vem gerando repercussões positivas e negativas nas redes sociais esta semana.

A ideia do aplicativo nasceu em junho e foi, inicialmente, elaborada por Grijó. “Quando soube da ideia achei que tinha um grande potencial e me juntei a ele no projeto”, conta o publicitário Danilo Neves Cruz, explicando que, na semana passada, a dupla lançou uma versão mais atualizada do app, com opções de espionagem para todos os gostos e neuroses.

“Sabemos que existem muitos aplicativos para rastreamento de aparelhos, usados sobretudos em situações de roubo e furto. Partindo disso, conseguimos aprimorar a ferramenta e inserir outras funcionalidades, como a escuta de ligação, a cópia das mensagens e, também, a localização”, explica Cruz.

A mecânica do app é relativamente simples e requer somente que o “espionado” tenha um aparelho com sistema Android. A namorada baixa o aplicativo no celular do namorado que, automaticamente, passa a enviar para o aparelho dela todas as informações relativas ao uso daquele telefone, via SMS. A pessoa pode escolher receber um ou vários relatórios do uso do celular. Inicialmente, o app Rastreador de Namorado ficava totalmente escondido na tela do celular, eliminando qualquer risco da pessoa saber que estava sendo observada.

“Muita gente nos critica, dizendo que o serviço é feito para pessoas neuróticas. Mas, se a mulher não tem desconfiança do parceiro, não precisa baixar o aplicativo”, resume o desenvolvedor. Embora em tom rosa e com textos totalmente direcionados às mulheres, a ferramenta vem fazendo sucesso também entre o público masculino. “De todas as pessoas que já procuraram o serviço, 50% são homens”, conta ele.

O balde de água fria do Google
A genialidade da espionagem, no entanto, durou pouco. O Google bloqueou a funcionalidade de ocultar o aplicativo por ter, em sua política, regras que determinam que todas as operações sejam notificadas ao proprietário do telefone. “Ficamos bem desanimados”, assume Cruz. “Por causa disso alcançamos apenas 5% do público que poderíamos ter”, lamenta o publicitário.

Apesar da restrição, o Rastreador de Namorado ainda funciona. O app ainda está disponível, gratuitamente, no Google Play. Mas, se baixado no telefone, ficará visível. “Nesse caso é preciso um consenso entre o casal, para que os dois concordem com o rastreamento”, sugere o criador.

Assinatura mensal
Quem ainda deseja espionar o amado de forma oculta pode recorrer ao recurso de assinatura, oferecido no site do Rastreador. Ao entrar em contato com o canal de atendimento da página, a pessoa pode adquirir uma assinatura mensal do serviço, pelo valor de R$ 4,99, que permitirá uma espionagem completa e oculta.

Neste caso, o desenvolvedor explica que o app é baixado por um link externo ao Google Play, o que não esbarra nas restrições do sistema de operação. “Nesses últimos dias recebemos mensagens de muitas pessoas interessadas. Mas, ao ficar sabendo que o serviço é pago, elas hesitam um pouco antes de assinar”, confessa Cruz.

Além de investir o dinheiro obtido com as primeiras assinaturas na divulgação e qualificação do serviço, a dupla também estuda maneiras de entrar em consenso com o Google. “Estamos estudando muito as regras para achar uma maneira de oferecer o serviço com visibilidade maior, sem infrigir nenhuma regra”, promete. Em breve, eles farão uma divulgação do app por meio de banners no Facebook.
 

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