Globo Filmes: 25 anos e os desafios de levar o público aos cinemas
Na era do streaming, companhia aposta na conexão e na representatividade das narrativas para atrair as pessoas às salas
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Bárbara Sacchitiello
3 de outubro de 2023 - 14h21
Em um cenário com tantas opções de entretenimento e um extenso cardápio de filmes ao alcance do controle remoto, conseguir instigar as pessoas a continuar prestigiando a magia do cinema pela telona – e, principalmente, dar espaço às histórias nacionais. Essa é a premissa que a Globo Filmes abraçou em celebração ao seu aniversário de 25 anos.
“Desde a fundação, na época da Retomada, a Globo Filmes sempre teve foco na janela do cinema. Ao longo desses 25 anos aconteceram diversas mudanças no mercado, que aceleraram diversas transformações”, comenta Simone Oliveira, head da Globo Filmes.
Uma dessas mudanças citadas por ela, naturalmente, são os streamings e meios digitais, que acabam funcionando, atualmente, como janelas impulsionadoras dos cinemas. O fato de fazer parte de um grande conglomerado de mídia acaba trazendo a vantagem, segundo Simone, de contar com reforços nas estratégias de lançamento e promoção dos títulos.
Segundo a head, pesquisas realizadas pela Globo Filmes apontam que o público, em meio a tantas opções de entretenimento, passa a adotar um comportamento mais passivo. “As pessoas, de forma geral, não vão atrás de informações sobre novidades. Elas esperam que aquilo chegue a elas pelo YouTube, pela TV e pelas redes sociais. Por isso, aproveitamos a força dessas janelas de comunicação para despertar, nas pessoas, a vontade de assistir aos filmes e de apresentar as novidades”, comenta.
Com um histórico de mais de 500 filmes lançados ao longo dessas duas décadas e meia de atuação, e tendo participado de diferentes estágios do cinema nacional, a Globo Filmes vê como seu principal desafio fazer com que as pessoas retomem o hábito de frequentar as salas de cinema no Brasil, sobretudo após o período da pandemia de Covid-19.
A head da empresa acredita que uma maneiras mais eficientes de atrair esse público é conseguir gerar uma conversa da qual as pessoas queiram se sentir parte. “As comédias têm um forte apelo em relação a isso, porque permite que as pessoas riam juntas e tenham essa experiência coletiva. O mesmo vale para dramas biográficos. De forma geral, nossa missão é sempre ir em busca de histórias e narrativas que faça o espectador ter vontade de assistir”, resume.
Para isso, a executiva defende que o público precisa se enxergas nas telas e que isso passe por um profundo trabalho de ampliação da diversidade tanto atrás quanto na frente das câmeras. A Globo Filmes já tem investido no desenvolvimento de obras e buscas por talentos de diversas regiões brasileiras, como alguns telefilmes regionais, que foram exibidos na grade da TV aberta, da Globo, no início deste ano.
Segundo a head, o cinema nacional ainda está aquém do patamar em que deveria estar, a respeito de equidade de gênero e representatividade racial, geográfica e social. E, segundo ela, a audiência responde de forma positiva quando a diversidade é ressaltada. Como exemplo, Simone cita o filme Bem Vinda a Quixeramobim, de 2022, dirigido por Halder Gomes e que tem várias cidades do sertão do Ceará como cenário. Segundo Simone, a obra ocupa o posto de longa-metragem mais assistido na plataforma Globoplay.
Para marcar o aniversário de 25 anos, a Globo Filmes escolheu 25 títulos de sucesso ao longo de sua trajetória e convidou artistas para fazerem releituras dos cartazes, conferindo um novo olhar.
Esses cartazes estarão expostos na Cinemateca Brasileira durante a 47ª Mostra Internacional de Cinema, de São Paulo.
Até o fim de 2023, como parte da celebração, a empresa também estreará nas salas de cinemas algumas produções. Entre elas, estão Meu Nome é Gal, Mussum – O Filmis e Ó Paí, Ó 2.
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