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Nizan Guanaes estreia como apresentador de talk show

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Nizan Guanaes estreia como apresentador de talk show

Novo programa estreia hoje, 20/05, às 17hs, no canal de Meio & Mensagem no YouTube, com entrevista com João Adibe, CEO da Cimed


20 de maio de 2025 - 6h00

Nizan Guanaes: “Em empresas não comandadas por donos, a exposição ao risco é muito menor”

CEO’s Talk Show, o novo projeto audiovisual de Meio & Mensagem e da agência California, estreia hoje, 20 de maio. A primeira temporada da série, apresentada pelo publicitário Nizan Guanaes, contempla sete entrevistas com presidentes de grandes empresas, que serão exibidas semanalmente, sempre às terças-feiras, às 17hs, no canal de Meio & Mensagem no YouTube.

O convidado inicial é o CEO do Grupo Cimed, João Adibe, um dos líderes empresariais mais midiáticos do País na atualidade, que fala sobre a transformação de um negócio familiar numa empresa de bilhões de reais, a negociação de compra não concretizada da Jequiti, do Grupo Silvio Santos, e a recente venda de participação minoritária para um fundo soberano de Singapura.

Nas semanas seguintes, irão ao ar os episódios com Marcelo Melchior, CEO da Nestlé (27/05); Paula Lindenberg, CEO da Diageo (03/06); Diego Barreto, CEO do iFood (10/06); Paula Harraca, presidente da Ânima Educação (17/06); Marcelo Zimet, presidente e CEO do Grupo L’Oréal (24/06); e Isabella Wanderley, general manager da Novo Nordisk (01/07).

O sonho da TV

Um dos principais nomes da história da publicidade brasileira, Nizan Guanaes extrapolou os limites da atividade. Desde o envolvimento com o grupo Oração pela Arte (OPA), ligado à Igreja Católica em Salvador, até o convencimento ao Itaú (por meio do fundo Kinea) a entrar como sócio no Grupo ABC, que chegou a ser a maior holding nacional da indústria, ele cultivou relações com expoentes das mais diversas áreas da sociedade.

Militou na política, ao comandar as estratégias de comunicação na eleição e reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, e na música, onde sua composição We Are The World of Carnaval, feita inicialmente para ser um jingle, é um dos maiores hits da festa popular brasileira, cantada por praticamente todos os principais nomes da axé music.

Desde 2018, Nizan se dedica à consultoria Nideias, na qual atende grandes marcas, como iFood e Havaianas. Nesta entrevista, ele fala sobre os bastidores da série CEO’s Talk Show e seu sonho de ser apresentador de TV.

Meio & Mensagem — Como foi a experiência como apresentador na série CEO’s Talk Show?
Nizan Guanaes — Foi incrível. No início, estava muito inseguro, porque não sabia se ia dar conta do recado, de fazer toda a produção da série em praticamente quatro dias. Mas, depois, era tão profissional a produção do Meio & Mensagem e da Califórnia, e a seleção dos CEOs foi tão acertada, que tudo ocorreu de uma maneira absolutamente incrível. Aí, fui entrando no projeto e me sentindo em casa, à vontade. Durante as gravações, eu estava com o pé quebrado, me movimentando numa cadeira de rodas, mas nem isso atrapalhou. Tudo correu de uma maneira mágica. Foi uma experiência fantástica.

M&M — Após entrevistar sete CEOs, quais lições você tirou sobre liderar marcas e equipes na atualidade?
Nizan — Ambidestria. A capacidade de ser criativo, de um lado, e, do outro, de execução. Essa história só de grandes ideias sem execuções não existe, e, também, capacidade de execução sem visão não existe. Então, essa coisa ambidestra é muito importante. E um terceiro elemento disso é a disciplina. A disciplina é fundamental. Quando você encontra a visão e a capacidade de executar com o rito, com o exercício, com a meta, aí é brutal.

M&M — Você já tinha pensado em atuar como apresentador de TV?
Nizan — Sim. É um sonho antigo. Sempre tive vontade de ter um programa de televisão, mas essa oportunidade nunca tinha chegado, porque a minha vida sempre foi muito intensa. Era um desejo não realizado. O mais próximo dele que tinha chegado foi durante a pandemia, com o Sunday Night Live, quando fazia lives com grandes personalidades, do Tarcísio de Freitas a Carmem Lúcia, do Roberto Medina a Washington Olivetto, do Abílio Diniz a Anitta. Mas eu nunca tinha atuado numa produção audiovisual como essa do CEO’s Talk Show. Então, essa é a primeira vez que, profissionalmente, entro num caminho pelo qual sempre sonhei em transitar. Sou um comunicador, gosto de me comunicar, essa é a natureza da minha pessoa.

M&M — Depois de liderar agências de publicidade vencedoras, e de lançar o portal iG, você atua nos últimos anos como consultor, através da Nideias. Como esse trabalho difere do que fazia nas agências, como DM9 e Africa?
Nizan — É simples: na DM9 e na Africa, eu era um craque atuando em campo, junto com o meu time. Agora, passei a ser o Guardiola, o Ancelotti. Fico de fora, olhando craques e juntando para que eles joguem melhor. Esses craques são os clientes e também os fornecedores que trabalham com eles. Ou seja, é uma visão de estrategista.

M&M — Quais são as principais demandas das marcas que recorrem aos serviços da Nideias?
Nizan — Estratégia, estratégia, estratégia, estratégia. Acho que faço o que o Júlio Ribeiro (fundador da Talent) fazia para seus clientes, só que com outro desenho. Não sou uma agência, mas trabalho com os fornecedores, que vão desde PR e eventos, para que tudo esteja alinhado estrategicamente. A Nideias é um modelo diferenciado, feito a partir de uma epifania que eu tive com o fundador do Singularity. O posicionamento da Nideias é: nós cuidamos de clientes como se fossem causas, de causas como se fosse clientes. Esse trabalho todo é a síntese de uma vida. Comecei fazendo uma agência, de uma agência fiz um grupo, fui acompanhando os tempos e acho que agora é o tempo da estratégia.

M&M — O mercado publicitário brasileiro mudou muito nos últimos anos, agora o controle de quase todas as grandes agências é de grupos multinacionais, e a mídia se transformou com as plataformas globais. O que mudou para melhor e o que mudou para pior?
Nizan — Quando você tem empresas que acabam não sendo comandadas por donos, a exposição ao risco é muito menor. São raríssimas as agências comandadas por donos que são donos. Isso reduz a capacidade de tomar risco. Acaba ficando tudo muito igual. As agências que acabam se destacando mais, você pode ver, são aquelas em que você tem donos no comando. Isso faz um diferencial danado, porque é preciso ter um dono. Mesmo quando a pessoa não é dono, é preciso ter pessoas que se comportam como donos. O que mata a boa propaganda é o “por mim, tudo bem”. São pessoas bem-intencionadas, mas que não decidem nem tomam riscos. Eles olham as campanhas e dizem: “por mim, tudo bem”. E passam “por mim, tudo bem” acima. Assim, de “por mim, tudo bem” em “por mim, tudo bem”, vai para o local, para o regional, para o global. E, depois, ou vai para o lixo ou vai para o lugar comum. Boa propaganda, ou marketing em geral, só fica viva e em pé quando tem gente que banca.

M&M — Você sempre foi um profissional midiático, com aparições na TV, colunista de jornais. Como as redes sociais mudaram a sua atuação como figura pública?
Nizan — Eu sou um cara de comunicação, então, gosto de comunicar, é da minha natureza. Sou assim como pessoa física e sou assim como pessoa jurídica. Embora, hoje em dia, seja uma pessoa que saia muito pouco. Tenho uma vida muito privada, mas do ponto de vista de um homem de comunicação, que quer ajudar a pensar o País. Ganhei o prêmio Machado de Assis, principal reconhecimento oferecido pela Academia Brasileira de Letras, por essa vertente de comunicação. Tenho um livro bestseller (Você aguenta ser feliz?, escrito com o psiquiatra Arthur Guerra) contando meus problemas com álcool, com depressão. Então, é da minha natureza me comunicar, acho que esse é um dom que Deus me deu e que tenho que usá-lo para o bem do Brasil.

M&M — Como a exposição na mídia e nas redes sociais te ajuda nos negócios?
Nizan — Não faço isso para gerar negócios. Essa minha maneira de ser comunicativa, de me relacionar com a sociedade, de não ficar vendo só dentro da bolha da publicidade, certamente me ajudou, mas ela é uma consequência, não é um fim.

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