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O que determina a relevância na creator economy?

Estudo do IAB Brasil destaca a confiança, a autenticidade e a criatividade como chave para a relação com os consumidores

i 9 de setembro de 2025 - 16h00

Há um senso comum de que métricas de alcance ou a percepção de fama sejam cruciais para estabelecer a relevância junto a um público. A terceira edição do estudo“#Publi 2025: identificação e autenticidade na creator economy”, do IAB Brasil, prova, contudo, que existem outros fatores cruciais: a confiança, a autenticidade e a criatividade.

marketing de influência

(Crédito: Pormezz/Shutterstock)

O levantamento foi feito em parceria com a Offerwise e patrocinado pela CREO, nova agência global de marketing de influência para criadores e marcas da Omnicom, e contou com 1.500 respondentes de todo o País entre maio e junho de 2025.

A maioria dos entrevistados (8 em cada 10), disseram já ter adquirido itens após a recomendação de um influenciador digital. Entre as mulheres, há um destaque: 82% delas realizaram compras nesse contexto. O número é maior que a parcela de homens em 9 pontos percentuais. Os dados indicam que os creators impactam muito as decisões de compra para 30% do público.

Segundo a pesquisa, micro e médios influenciadores — que costumam estabelecer altos níveis de engajamento — podem ter relevância similar à de celebridades à medida em que conseguem se conectar de forma verdadeira com a audiência. Isso significa não apenas seguir tendências, mas ser transparente e transmitir genuinidade.

Entre os formatos publicitários que têm maior influência sobre as decisões de compra da amostra, avaliações detalhadas, unboxings e depoimentos aparecem, cada um, com 37% das citações. Além disso, 80% tendem a confiar mais nas “publis” quando o criador de conteúdo fala sobre detalhes reais e possíveis defeitos de um produto.

Além disso, renda e maturidade são determinantes para o comportamento de compra. Aqueles até os 39 anos e em situação financeira mais confortável são as que mais afirmam ter adquirido produtos a partir das recomendações nas redes sociais.

O estudo também revela dados inéditos sobre a geração Alfa, grupo daqueles entre 14 e 17 anos. Os resultados indicam que esse público prioriza entretenimento, criatividade, engajamento e diversão ao acompanhar um influenciador, deixando a confiança em segundo plano. As outras gerações buscam, de maneira geral, conteúdos compatíveis com seus interesses e hobbies.

Os jovens da geração Alfa também são os que menos convertem em compras, ainda que sejam caracterizados pelo alto consumo de conteúdo. Enquanto 77% dos consumidores de outras faixas etárias já compraram um produto por recomendação, o número baixa para 68% na análise dos jovens de 14 a 17 anos.

Para 10% deles há um forte impacto na decisão de compra, contra uma média de 22% entre os demais grupos.