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Mídia

Por que o Prime Video decidiu investir mais em esportes?

Programação esportiva ganha espaço na plataforma, que passa a investir em equipe de transmissão, compra de direitos, parcerias e em métricas para avaliar o desempenho


14 de maio de 2025 - 9h29

Arnon de Mello, da NBA, Louise Faleiros do Prime Video, Gabriel Lima, da LFU, e André Hernan estiveram presentes no evento (Crédito: Valeria Contado)

Arnon de Mello, da NBA, Louise Faleiros do Prime Video, Gabriel Lima, da LFU, e André Hernan estiveram presentes no evento (Crédito: Valeria Contado)

Em meio a uma programação esportiva cada vez mais multiplataforma, as plataformas de streaming têm ganhado espaço como exibidoras desse tipo de conteúdo. O Prime Video, por exemplo, já tem em sua grade uma variedade de produtos esportivos condensados em seus diversos tipos de assinaturas.

A plataforma da Amazon quer se tornar um hub de conteúdo para o público, e, por isso, investe em uma grade esportiva que dura o ano todo. A programação começa com os jogos da National Basketball Association (NBA), que há 11 anos está na programação do streaming e que a partir do ano que vem terá suas etapas finais exibidas na grade.

No futebol são mais de 250 horas, entre partidas da Copa do Brasil, competição da qual é detentora desde 2022, e de Campeonato Brasileiro por meio de um acordo com a Liga Forte União (LFU), que dá ao Prime um jogo exclusivo por rodada.

Louise Faleiros, country manager do Prime Video Brasil, explicou durante um evento que reuniu jornalistas e talentos da plataforma em São Paulo na última terça-feira, 13, que esse conteúdo é importante para a empresa de mídia, porque atrai um assinante que não necessariamente seria atraído pelo catálogo de entretenimento.

“O Prime Video já é um hub de entretenimento e com a entrada de esportes ele se torna cada vez mais relevante. Vamos continuar investindo e trazendo mais conteúdo para os assinantes que vem para a Amazon pelos esportes”, afirmou.

Além dos direitos proprietários, o streaming também é parceiro de outras plataformas que, através de planos plus, oferecem uma programação com mais modalidades aos espectadores, que podem ter mais futebol pelo Premiere e SporTV, que transmitem o Brasileirão; Paramount, com Libertadores; Max, com a Uefa Champions League e Paulistão feminino. O público também tem acesso ao basquete pela NBA League Pass; futebol americano, através da NFL Game Pass; e UFC, por meio do Combate.

“Essa oferta vem da importância de entender e ouvir o consumidor que vinha reclamando do número de serviços. A partir disso, entendemos o que esse espectador queria e nos tornamos essa fonte”, afirmou Louise.

Compra de direitos

Apesar de já ser detentora dos direitos da Copa do Brasil desde 2022, a aquisição desse pacote aconteceu por meio de um acordo de sublicenciamento junto à Globo, empresa de mídia detentora da competição que é chancelada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Agora, com a aquisição dos jogos do Campeonato Brasileiro, a plataforma entrou de vez na roda de negociações de futebol e, hoje, exibe uma partida com exclusividade por rodada, tendo em seu casting de talentos nomes como Galvão Bueno, Mauro Naves, André Hernan, entre outros.

O streaming da Amazon fechou no final do ano passado um contrato com a LFU para a exibição da competição e divide a prioridade de escolha com Record e YouTube (CazéTV), que coexibem uma partida por rodada, enquanto a Globo, com seus canais de TV aberta, por assinatura, Globoplay e Pay-per-view, possui os outros nove jogos.

Essa configuração só é possível graças à divisão em ligas que está vigente pela primeira vez na história do Brasileirão. Arnon de Mello, head of NBA Latam e Canada, que também esteve presente no evento, afirma que o modelo que os esportes americanos seguem é bem parecido com o que o futebol brasileiro quer seguir.

“O esporte ao redor do mundo, especialmente nos Estados Unidos, é formado por ligas. Os clubes têm donos ou grupo de donos, e isso faz uma diferença enorme, pois todos estão remando na mesma direção. Quando você tem uma liga, consegue destravar muitos valores”, explicou.

As novas métricas na era da fragmentação

Uma das principais perguntas que ainda seguem sem uma resposta concreta nesse novo modelo de divisão de transmissão esportiva é relacionada à forma de mensurar a audiência. Com a ampliação do segmento de players que oferecem conteúdo idêntico, no caso, as partidas de uma mesma competição, se torna relevante achar uma forma de equiparar ou comparar os dados.

Recentemente, visando resolver essa questão, a Kantar lançou o Sports Audience Measurement a fim de mensurar de forma ajustada e próxima do real, unificando diferentes audiências sob uma métrica única.

A ferramenta usa a mesma base que o instituto de pesquisa já tem para mensurar a audiência de TV aberta, que são os aparelhos de transmissão, instalados nas residências, associados à tecnologia de captação de áudio.

Para o Prime essa também é uma preocupação. A plataforma busca trabalhar as suas métricas reais de engajamento para entender como o produto está atraindo o público e sua base de assinantes, e em que tipo de produtos deve investir.

Já na parte de publicidade, a Amazon tenta entender quais formatos funcionam para os anunciantes e quais são os dados mais precisos para a avaliação do mercado, seja referente à audiência ou performance. “Hoje temos muitas informações para o anunciante. Queremos mostrar isso de uma forma que faça sentido além de explorar essas outras plataformas de mensuração”, afirmou Louise.

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