Tendências para o mercado de vídeo e comunicação digital
Levantamento feito pelo Youpix aponta oportunidades para marcas e negócios em termos de estratégia e conteúdo
Tendências para o mercado de vídeo e comunicação digital
BuscarTendências para o mercado de vídeo e comunicação digital
BuscarLevantamento feito pelo Youpix aponta oportunidades para marcas e negócios em termos de estratégia e conteúdo
Isaque Criscuolo
31 de julho de 2018 - 10h12
No último ano, o consumo de vídeo digital cresceu em todo o mundo, inclusive no Brasil. A versão mais recente da TIC Domicílios, pesquisa do Cetic.br, mostra que 71% dos consumidores de internet assistem a vídeos online. Em 2012 eram 49%.
Esse crescimento eleva a categoria à primeira posição entre as atividades multimídia mais realizadas por internautas brasileiros. Globalmente é parecido, especialmente no mobile, cujo volume já representa três vezes o do desktop, segundo a ComScore. Por isso que plataformas como YouTube, Facebook, Snapchat, Musical.ly, Twitter, Instagram e LinkedIn disputam a atenção do público consumidor de vídeos.
De olho neste horizonte, o YouPix realizou, em junho, a segunda edição do Study Tour, uma viagem de negócios por empresas do mercado de vídeo digital nos EUA finalizada na Vidcon, maior evento do setor. Um grupo formado por criadores e profissionais do mercado de marketing e comunicação visitou alguns dos principais players do mercado. O resultado é um levantamento de tendências de social vídeo e comunicação digital que mostra oportunidades para marcas e negócios.
Confira abaixo as principais tendências e baixe o relatório completo aqui.
1. State of Social Video
Se 2017 foi marcado pelo crescimento do mercado de vídeos, 2018 mostra um setor mais maduro e efervescente que conhece melhor os hábitos da audiência, especialmente da geração Z, e sua relevância. A importância dos creators e influenciadores como empresas e negócios não será mais questionada.
2. Creators como Criativos
Surgem novos caminhos para a internalização das operações de produção e criação de conteúdo (uma alternativa aos modelos tradicionais de agência e produtoras) e a figura do creator ganha força como o novo criativo.
3. O mundo fragmentado
A regra agora é fragmentar, pois a criação de conteúdo vem de todos os lugares e pode ser distribuída em diversas plataformas cada vez mais nichadas. São mais opções para a audiência, mas um grande desafio para marcas e creators, que precisam de uma estratégia de conteúdo mais estruturada. Quem não entender o cenário e criar formatos e conteúdos nativos, ficará para trás.
4. O novo engajamento
O digital busca formas de engajamento mais profundas, muito além do like/share/comment. Saindo da era da “social media” (broadcast) para a da “social network” (conversas), conteúdo, serviço e comunicação se misturam para entregar valor e relevância para as pessoas. Os algoritmos se moldam para medir engajamento real no conteúdo, inclusive emoções.
5. Seja autêntico ou suma
A autenticidade é o segredo para um engajamento real e profundo e identidade e propósito se tornam fundamentais para sustentar uma estratégia de conteúdo. A geração Z valoriza uma marca (seja de empresa ou creator) que a representa e que se importa com sua causa.
6. Influencers para o bem
A geração Z confia mais nos influenciadores do que nos próprios pais ou marcas na hora de tomar decisões. A responsabilidade e o papel social dos influenciadores precisam estar refletidos no conteúdo e compartilhados com as plataformas. A luta pela diversidade, pela educação no mercado de influência e contra as fake news, haters e burnout é uma forte tendência.
7. Fake Followers, Real Problems
Partindo de um mercado crescente e pulverizado de creators, e com uma oferta fácil para compra de seguidores e engajamento, as marcas têm o desafio (não impossível) de identificar seguidores e engajamentos falsos na rede e buscar creators com base em outros critérios do que apenas número de seguidores.
8. O exército do Dark Social
Dark Social será a próxima fronteira de conexão. Empresas tentam se conectar com comunidades através de aplicativos de mensagem como Messenger, Whatsapp e Instagram, plataformas com dados que não estão disponíveis publicamente e representam uma grande parcela das interações online.
9. Todos querem ser RYCAH
Marcas e creators buscam novas formas de rentabilidade, geração de receitas e monetização de conteúdos, através de parcerias e iniciativas que transcendem a convencionalidade das plataformas.
10. Fast Data
A interpretação de dados se torna mais acessível e gera inteligência e hiper segmentação, permitindo a criação de conteúdo de forma mais eficiente e ágil.
11. eSports
Os gamers e sua audiência são um público inexplorado, pois marcas ainda não descobriram como se relacionar de forma autêntica. Este público é valioso e as horas dentro de plataformas como Twitch e fb.gg (Facebook for Gamers) são exclusivas e numerosas.
12. A/R para todos
Enquanto VR (Virtual Reality) é uma tecnologia cara e que nos tira do nosso mundo, a Augmented Reality (AR) surge democratizada e imperceptível em filtros, lentes, bitmojis e memojis que usamos diariamente para interagir em redes sociais. Essa tecnologia é uma tendência por ser facilitadora para a criação de conteúdo.
Compartilhe
Veja também
Os impactos da decisão do STF sobre responsabilização das big techs
Ampliação da responsabilização das redes sociais terá consequências para as big techs, mas também para outras esferas da criatividade, segundo especialistas
Em que patamar está a discussão sobre a Lei Cidade Limpa?
Projeto que tramita na Câmara Municipal de São Paulo visa modificar Lei Cidade Limpa; Instituto dos Arquitetos do Brasil e Kassab se manifestam contrários