Trump ordena tarifas de 100% sobre filmes estrangeiros
Presidente dos Estados Unidos justifica defesa sobre a indústria cinematográfica americana frente a esforço conjunto de outras nações que oferecem incentivos a estúdios e cineastas
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Meio & Mensagem
5 de maio de 2025 - 10h26
As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agora miram filmes estrangeiros. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 05, e visa retomar filmes feitos na América, conforme indicou.
Trump quer taxar obras cinematográficas estrangeiras como forma de proteger e retomar produções nos EUA (Crédito: Walter Cicchetti/Shutterstock)
A imposição de tarifas de 100% sobre obras de fora dos EUA se devem, segundo Trump, à rápida “morte” da indústria cinematográfica local, motivada por incentivos de outros países para atrair estúdios e cineastas. Segundo a Reuters, o movimento vem ocorrendo com o Reino Unido e o Canadá, junto a gigantes como Walt Disney, Netflix e Universal Pictures.
Em postagem em sua rede social, o Truth Social, o presidente apontou que a articulação representa uma ameaça à segurança nacional. “É, além de tudo, uma mensagem e propaganda”, escreveu.
Apesar do comunicado, ainda não foram divulgados detalhes e condições da aplicação das tarifas, como o destino a produtoras americanas que produzem no exterior ou, até mesmo, produções de plataformas de streaming e de cinema.
A Austrália e Nova Zelândia já se manifestaram sobre a nova determinação de Trump, assegurando que defenderão suas indústrias locais.
Hollywood já tem encarado momentos de fragilidade há algum tempo. Em 2023, o advento da inteligência artificial sobre o cinema deu origem à maior greve já vista pelo centro da produção cinematográfica e televisiva dos EUA, que chegou a durar mais de cem dias. A greve teve impacto direto nas produções, acarretando em atrasos no lançamento de filmes e séries, por exemplo.
Além disso, a indústria também foi afetada pelos incêndios que assolaram Los Angeles no início deste ano. O setor se articulou em torno da campanha “Stay in LA”, cujo objetivo era incentivar a permanência de profissionais envolvidos nas produções na região com propostas de aumento de incentivo fiscal para produções filmadas no Condado de Los Angeles pelos próximos três anos, conforme indicou o portal Deadline.
A iniciativa, que foi assinada por nomes como Keanu Reeves, Zooey Deschanel, Olivia Wilde, propunha também que estúdios e serviços de streaming se comprometessem a investir pelo menos 10% a mais no Condado pelo mesmo período.
À época, Trump chegou a anunciar que nomearia as estrelas Mel Gibson, Sylvester Stallone e Jon Voight como “embaixadores especiais” em Hollywood para endossar a indústria.
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