Netflix investe R$ 5 milhões e se torna parceira da Cinemateca
Projeto é o primeiro da plataforma a fazer uso do mecanismo de incentivo da Lei Rouanet e modernizará o ambiente e a tecnologia da sala Oscarito
Netflix investe R$ 5 milhões e se torna parceira da Cinemateca
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BuscarProjeto é o primeiro da plataforma a fazer uso do mecanismo de incentivo da Lei Rouanet e modernizará o ambiente e a tecnologia da sala Oscarito
Bárbara Sacchitiello
2 de abril de 2025 - 6h01
(Crédito: Wesley Allen/Netflix)
A Netflix será parceira do projeto de restauração, modernização e ampliação do complexo arquitetônico da Cinemateca Brasileira, investindo um total de R$ 5 milhões para a modernização da sala de exibições Oscarito.
É a primeira vez que a plataforma de streaming faz uso do mecanismo de incentivo cultural da Lei Rouanet. Segundo a empresa, o acordo não prevê a inclusão do nome da plataforma (naming rights) na sala, que manterá a nomenclatura original.
O projeto envolve a modernização da tela e do sistema de som da sala, bem como a reformulação da entrada do local e ampliação da acessibilidade.
A contrapartida, segundo a Netflix, poderá vir na utilização da sala, bem como do espaço da Cinemateca Brasileira, para a realização de eventos ou de eventuais workshops e treinamentos que a empresa promove junto a roteiristas e produtores.
“Estamos muito honrados por ter o privilégio de poder ajudar a revitalizar essa sala. Iremos aportar R$ 5 milhões para a remodernização dessa sala. Esperamos, com o anúncio dessa primeira parceria, estimular outras empresas a apoiarem a preservação desse patrimônio do cinema brasileiro”, declarou Elisabetta Zenatti, vice-presidente de conteúdo da Netflix no Brasil.
A aproximação da empresa de streaming com a Cinemateca Brasileira partiu da própria instituição audiovisual, que procurou a Netflix por conta de uma parceria semelhante que a plataforma firmou junto à Cinemateca de Paris, na França. Em 2023. A operação da Netflix no país tornou-se, em 2023, a principal mantenedora do acervo e do funcionamento da instituição francesa, em um acordo que vai até 2026.
A modernização da sala de exibições Oscarito, que será feita pela Netflix, é parte de um projeto maior de revitalização da Cinemateca Brasileira, que está em fase de captação de parceiras junto à iniciativa privada e também ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ao todo, o projeto demandará cerca de R$ 29 milhões. Além do aporte da Netflix, o banco Itaú, que já é parceiro da Cinemateca Brasileira em outros projetos, direcionará R$ 1 milhão para a revitalização. A instituição ainda aguarda, do BNDES, o recebimento de uma verba de R$ 10 milhões, o que totalizaria R$ 16 milhões, valor que permitirá o início das obras. Os prazos, no entanto, ainda dependem da liberação dos valores.
“O que a Netflix está fazendo, além de apoiar a instituição, mas de dar publicidade a esse feito, é algo muito importante porque, quando pensamos em cinema e no audiovisual, a parte de preservação ainda não é levada muito a sério. Existe um lado fundamental do cinema, que é a memória cinematográfica, e que depende de recursos e de apoio para continuar sendo realizado”, comenta Maria Dora Mourão, diretora-geral da Cinemateca Brasileira.
A responsável pelo equipamento audiovisual diz que a Cinemateca mantém conversas com outras empresas a fim de conseguir a captação necessária para dar continuidade ao projeto de revitalização.
Esse é o primeiro projeto da Netflix direcionado a um equipamento público brasileiro. “A principal mensagem desse projeto é a de que entendemos a corresponsabilidade, como ator privado do setor audiovisual, de apoiar e respeitar o legado da produção brasileira, e contribuir não apenas para o desenvolvimento do segmento para mas para a realização de outras iniciativas como essa”, explica Mariana Polidoro, diretora de políticas públicas da Netflix.
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