Reflexões da NRF 2024: Importância da marca, experiências e logística no Horizonte Digital
A NRF 2024 reforça uma verdade inegável: estamos na era da experiência do consumidor onde a inteligência artificial
A NRF 2024 reforça uma verdade inegável: estamos na era da experiência do consumidor onde a inteligência artificial
16 de janeiro de 2024 - 14h07
Experiência de marca, inteligência artificial e logística foram os destaques sobre as tendências que irão moldar o futuro, debatidos no primeiro dia de NRF 2024. Nesta edição, o evento que acontece anualmente em Nova Iorque, reúne 40 mil pessoas, representando aproximadamente 6.000 marcas de mais de 100 países.
Em meio ao fervilhar de ideias, inovações e troca de experiência, percebi como as pioneiras de gigantes do varejo e da moda, como a Levi’s Strauss & Co, e de líderes em logística como a FedEx têm debatido esses assuntos. Há também a questão das experiências de varejo de luxo, com a conversa com o CEO da Moët Hennessy, Philippe Schaus. Tudo isso só no primeiro dia de evento.
A primeira palestra, da Michelle Gass, presidente da Levi’s Strauss & Co, enfatizou a importância de focar na marca e no crescimento impulsionado pelo modelo Direct-to-Consumer (D2C), que inclui tanto lojas físicas quanto e-commerce. Segundo ela, a marca é a representação da empresa e seus valores e destacou que a confiança é essencial para o crescimento de qualquer marca, e que ela pode ser construída de várias maneiras.
A FedEx, por sua vez, trouxe a necessidade de as marcas estarem vigilantes às capacidades de logística em um mercado global que ascende a 8 trilhões de dólares em vendas online. Com 4 bilhões de consumidores online e investimento anual de 16 bilhões de dólares em marketing digital, a eficiência logística é mais do que nunca uma exigência. Uma experiência sem fricção e a transparência são cruciais: 92% dos consumidores esperam ser proativamente avisados de atrasos e 96% tendem a repetir compras se o processo de troca e devolução for facilitado.
Em relação a logística reversa, ela surge como um campo crítico, muitas vezes subestimado, na gestão de canais digitais. Uma pesquisa recente da Business Insider aponta o alto custo dos processos de retorno, que podem alcançar até 66% do valor de venda do produto. Com um custo total de 743 bilhões de dólares em 2023 e responsável por emissões de 24 milhões de toneladas de CO2 apenas nos EUA, a logística reversa representa um desafio significativo.
Também foi interessante o assunto sobre Experiência de Marca, no qual Philippe Schaus, Presidente da Moet Hennessy, compartilhou sua visão sobre a importância da experiência para a percepção de valor. A experiência de compra deve ser tão exclusiva quanto o produto em si, reforçando o posicionamento de luxo da empresa.
Finalmente, vejo a necessidade de repensar os workflows, assunto destacado ao longo das palestras. A IA tem o potencial de simplificar processos complexos, permitindo que indivíduos criativos e lógicos realizem tarefas que antes exigiam a colaboração de muitos. Isso traz diversos ganhos de eficiência para as empresas.
A NRF 2024 reforça uma verdade inegável: estamos na era da experiência do consumidor onde a inteligência artificial não é apenas um tema principal, mas um colaborador indispensável na melhoria de processos e tomadas de decisões, para mais competitividade.
Compartilhe
Veja também
Para CEO do GPA, avanço do retail media depende da crença dos líderes
Em entrevista, Marcelo Pimentel, explica os passos do grupo na construção da operação de retail e aponta a transposição da experiência da loja ao digital como o principal desafio da categoria
IA, pé no chão e experiência: CMOs fazem balanço da NRF 2024
Bárbara Miranda (Ipiranga), Washington Theotonio (Americanas S.A) e Vivian Zwir (Grupo Casas Bahia) dividem os temas que mais se destacaram ao longo dos três dias de evento