Como a B3 quer ampliar significado da percepção da marca
Bolsa estreia reposicionamento reforçando atuação conjunta com o mercado e ampliando contato com diversos stakeholders
A B3, bolsa de valores brasileira, estreia nesta segunda-feira, 8, o novo posicionamento para extrapolar a lógica de uma Bolsa de Valores e ampliar o significado da marca no País.

(Crédito: Divulgação)
A mudança contou com a Tátil Design e inclui atualizações de mensagens conectadas tanto aos clientes, quanto visuais, com ampliação da paleta de cores, tipografia inédita e novos usos dos colchetes para integrar diversidade e dinamismo.
De acordo com Patrícia Viegas, gerente de marca e patrocínios na B3, o objetivo do reposicionamento – que vinha sendo desenvolvido há mais de um ano – é projetar a marca de uma maneira mais contemporânea, diversa e maleável, integrando os universos de todos os stakeholders, entre reguladores, investidores, sociedade não investidora, empresas listadas, mercado B2B, bancos e corretoras, por exemplo.
“Nossos atributos principais eram de confiança e solidez, muito relevantes para o mercado financeiro, porém são atributos de credencial, não exatamente de diferenciação”, alega Patrícia. A B3 existe há mais de 100 anos e, ainda que a marca seja jovem (fruto da fusão entre a BM&FBOVESPA e a Central de Custódia e Liquidação de Títulos em 2017), o movimento carrega a responsabilidade de honrar e manter um legado centenário em direção ao futuro.
A B3 vem estruturando negócios com foco em ambidestria e a nova identidade reforça seu posicionamento como parte do patrimônio brasileiro, com o papel de projetar o Brasil e o mercado local para o mundo. “A marca e o mercado precisam continuar acontecendo de forma conectada com o desafio das pessoas, dos negócios e do Brasil. Precisamos ser esse norte que aponta futuro”, declara.
Também está ancorada sobre a agenda ESG, com índices como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) às empresas listadas, e das características de pluralidade, diversidade e inovação que permeiam os negócios da Bolsa.
Fred Gelli, CEO da Tátil Design, salienta o papel da B3 como potencializadora dos negócios brasileiros em todas as suas categorias e a proposta da coevolução e fortalecimento da sintonia com os diversos setores econômicos e sociais, entre eles empresas, pessoas, cultura e inovação.
“A expressão da marca precisava representar seu papel ampliado no Brasil, não apenas no mercado financeiro, mas também na vida das pessoas. A nova linguagem traduz essa dimensão de impacto”, complementa o CEO.
A B3 mais próxima
Com a evolução do mercado financeiro, mais acessível e democratizado, a B3 se reconhece como um meio entre pessoas que querem rentabilizar seus recursos e companhias e negócios que precisam de capital, explica a gerente. Isso perpassa por uma aproximação do mercado para criar uma cultura de investimento.
A Bolsa já aposta em uma agenda de conteúdo próxima dos investidores, voltada para a tomada de decisão. Em breve, deverá lançar um aplicativo dedicado à integração da visão do investidor no mercado, com estratégia já envelopada com a nova marca. Também miram no conteúdo educacional, sobretudo nas redes sociais.
Neste ano, ao lado do Sistema do Tesouro Nacional e da Zmes, a B3 criou uma área de growth marketing sob a proposta de aproximar o Tesouro Direto dos investidores pessoa física. A campanha campanha nacional O investimento que todo brasileiro entende, protagonizada pela atriz Renata Sorrah revivendo o meme “Nazaré confusa” visava desmistificar a ideia de que investir é complicado.
“Devemos continuar acelerando essa agenda de promoção de produtos de investimento para o investidor pessoa física, mas também incorporando o B2B e como a B3 pode apoiar e estar conectada ao que está acontecendo em relação a oportunidades de captação duplicatas, um modelo simplificado de listagem promovido pela CVM”, exemplifica. “Continuaremos, como marketing, estimulando tomadas de decisão melhores e conhecimento de produtos e de novos produtos”.
Para 2026, a matriz de patrocínios da B3 também já considera a nova marca. Segundo a executiva, os patrocínios são uma avalancha para construir experiencia de marca, sobretudo no apoio e investimento à cultura no País. Ainda, prepara ainda novidades para as experiências promovidas em momentos tradicionais da Bolsa, como os toques de campainha e os leilões, o que chamam de experiência signature.