A importância da comunidade
Precisamos entender que NÓS é que estamos a serviço dos verdadeiros donos da marca, não o contrário
Precisamos entender que NÓS é que estamos a serviço dos verdadeiros donos da marca, não o contrário
Todo mundo já entendeu que marcas precisam cultivar comunidades. Hoje em dia é senso comum que elas devem ir além da simples venda de produtos. Isso tornou-se uma parte essencial da estratégia de marketing. Mas, o que realmente significa “cultivar uma comunidade” no mundo em constante evolução como a comunicação e marketing?
Antigamente, a comunicação era liderada por jornalistas e, mais recentemente, por influenciadores e criadores de conteúdo. No entanto, agora estamos testemunhando uma mudança significativa. A ênfase não está mais na transmissão de mensagens para um público passivo, mas sim na construção de comunidades ativas e engajadas. Não é mais sobre impactar massivamente, é sobre pertencer genuinamente a um grupo e cultivar a relação horizontal com ele. A chave para cultivar uma comunidade é a autenticidade. Não se trata de atingir um grande público, mas de criar laços genuínos com um grupo de pessoas que compartilham valores e interesses comuns. A relação deve ser horizontal, na qual a marca se envolve de igual para igual com os membros da comunidade.
Uma frase que me chamou a atenção durante minha passagem por Cannes neste ano foi: “não estamos criando uma relação com um relatório, estamos falando com pessoas!”. Essa frase resume a essência da nova abordagem para o marketing. Não estamos mais lidando apenas com números e métricas, mas sim com pessoas reais com necessidades e desejos reais. Muitas marcas afirmam colocar o consumidor em primeiro lugar, mas agora estamos testemunhando uma mudança real na dinâmica de poder. O “dono” da marca não é mais apenas o departamento de marketing, são os membros da comunidade.
A horizontalidade da relação chama a atenção de novo. A ideia de uma relação horizontal, na qual a marca e a comunidade estão no mesmo nível, é revolucionária. Isso significa que as marcas não ditam mais as regras, mas colaboram com a comunidade para criar algo significativo.
Aquela campanha que só faz sentido no mundinho da publicidade já não cabe mais. As campanhas publicitárias que não levam em consideração a perspectiva da comunidade estão se tornando obsoletas. As marcas precisam criar conteúdo e mensagens que realmente ressoem com seus membros.
Precisamos entender que NÓS é que estamos a serviço dos verdadeiros donos da marca, não o contrário. Isso implica ouvir atentamente, responder às necessidades e desejos da comunidade e agir de acordo com seus valores.
Para acompanhar as conversas e dialogar com o consumidor é preciso velocidade. As conversas na internet acontecem em tempo real e as marcas precisam estar preparadas para responder e se adaptar rapidamente. Ter ótimas ideias é importante, mas a execução no momento certo é crucial. Uma ideia genial que chega tarde perde seu impacto. Um ótimo insight com um ótimo parceiro criativo, sem o tempo certo pode não significar nada. A burocracia e processos excessivos podem sufocar a criatividade e a agilidade. As marcas devem eliminar obstáculos que possam impedir a rápida resposta às necessidades da comunidade.
Em resumo, a importância da comunidade é inegável na era atual do marketing. As marcas devem adotar uma abordagem autêntica e horizontal, colocando a comunidade no centro de suas estratégias. Estamos vivenciando uma mudança de paradigma, onde as marcas não são mais as donas, mas os membros da comunidade têm o poder. A velocidade, a criatividade, e a resposta às necessidades da comunidade são cruciais para o sucesso. Afinal, pertencer a uma comunidade é uma jornada contínua, e a importância de cultivar esses laços vai além das métricas tradicionais de marketing.
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