Pyr Marcondes
28 de maio de 2019 - 8h40
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OECD, acaba de oficializar publicamente uma série de orientações que lançam bases éticas, morais e sociais para o desenvolvimento, uso e aplicação da Inteligência Artificial.
Como você deve (ou deveria) estar acompanhando, a evolução desregrada na pesquisa e desenvolvimento de soluções esdrúxulas de AI, que não estão nem aí com os seres humanos enquanto espécie, nem com os equilíbrios e valores sociais e éticos mais básicos das sociedades, tem levado a avançados inventos que colocam em risco, no limite, a vida humana no Planeta.
Alarmista eu? Nem ferrando. Melhor ler mais a respeito, se você acha isso.
Seja como for, 42 países da OCDE parecem estar também preocupados com o tema e acabam de trazer à luz o documento abaixo, que você precisar ler.
Comento que o país em que a AI é mais avançada é a China, em que não existem leis de controle da AI e, em muito pouco tempo, não se assuste, o governo não só permitirá, como estimulará o desenvolvimento de cyborgs obedientes e iguaizinhos, para ir substituindo essa raça desgovernada de carne e osso.
Nos EUA, um país que preza pela livre iniciativa e o menor controle legal possível sobre as atividades corporativas e científicas, os limites são raros e lá também muitos exageros estão sendo cometidos, nos laboratórios e em algumas grandes empresas. Neste caso, os EUA são um dos países signatários.
Na Europa, continente que deu à luz a GPDL de controle da privacidade de dados (no Brasil seguimos, ainda bem, a tendência, como nossa LGPD), a sociedade tende a entender que o humanismo ainda deve nortear as ações no Planeta e vem de lá a maior adesão dentre os 42 países que assinam o documento aí abaixo.
Antes de ler, veja o princípio fundamental da OECD.
The Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) is an international organisation that works to build better policies for better lives. Our goal is to shape policies that foster prosperity, equality, opportunity and well-being for all. We draw on almost 60 years of experience and insights to better prepare the world of tomorrow.
Boa leitura e se engaje nessa causa.
- AI should benefit people and the planet by driving inclusive growth, sustainable development and well-being.
- AI systems should be designed in a way that respects the rule of law, human rights, democratic values and diversity, and they should include appropriate safeguards – for example, enabling human intervention where necessary – to ensure a fair and just society.
- There should be transparency and responsible disclosure around AI systems to ensure that people understand when they are engaging with them and can challenge outcomes.
- AI systems must function in a robust, secure and safe way throughout their lifetimes, and potential risks should be continually assessed and managed.
- Organisations and individuals developing, deploying or operating AI systems should be held accountable for their proper functioning in line with the above principles.
The OECD recommends that governments:
- Facilitate public and private investment in research & development to spur innovation in trustworthy AI.
- Foster accessible AI ecosystems with digital infrastructure and technologies, and mechanisms to share data and knowledge.
- Create a policy environment that will open the way to deployment of trustworthy AI systems.
- Equip people with the skills for AI and support workers to ensure a fair transition.
- Co-operate across borders and sectors to share information, develop standards and work towards responsible stewardship of AI.
For further details, journalists are invited to contact Catherine Bremer in the OECD Media Office (+33 1 45 24 80 97).
More on the OECD’s work on Artificial Intelligence: www.oecd.org/going-digital/ai/.
Working with over 100 countries, the OECD is a global policy forum that promotes policies to improve the economic and social well-being of people around the world.
Veja aqui a íntegra do documento.