Pyr Marcondes
3 de abril de 2017 - 7h42
Ele já disse, e eu estava lá no SXSW quatro anos atrás para ouvir ao vivo, que vai passar seus últimos dias em Marte.
Agora anuncia o lançamento de sua nova empresa, a Neuralink, que vai criar chips que serão implantados no nosso córtex e que darão a nós, até então pobres seres humanos, capacidades de máquinas através de eletrodos de Inteligência Artificial.
Depois de ter alertado sobre os perigos do avanço das pesquisas com Inteligência Artificial, ele muda de estratégia e em vez de tentar nos defender, se propõe a nos armar para atacar (sendo que, não se engane, os inimigos são os robôs).
“Acredito que possamos efetivamente nos mesclar a Inteligência Artificial, incrementando o link neural entre o córtex e uma extensão digital de nós mesmos. Com isso, nos transformaremos em uma simbiose entre humanos e a Inteligência Artificial”, explica ele. Cyborgs, se você quiser.
Os eletrodos nos capacitariam a podermos, por exemplo, fazer down e upload de nossos pensamentos e conhecimentos.
Sua empresa de carros elétricos, a maior do mundo, a Tesla, estaria responsável pelo desenvolvimento até agora das bases de computação neural que seriam então levadas adiante pela nova empresa Neuralink.
Musk chama sua tecnologia de “neural lace” e a Neuralink está registrada desde o ano passado no estado da Califórnia como uma empresa para, curiosamente, pesquisas médicas.
Inevitável aqui a comparação com Neo, de Matrix. Plugamos um chip e temos acesso a um mundo virtual-real, em que humano e máquina perdem suas dimensões, para se transformar numa terceira, exponencial.
Como outro maluco nessas questões, Ray Kurtzweil, o maior cientista de Inteligência Artificial do Planeta, costuma afiançar que essa nossa transformação em máquinas será inevitável e que viveremos para sempre, acho que Musk não quer na verdade passar seus últimos dias em Marte. Quer é viver sua eternidade cyborg numa casa nova no espaço sideral.
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