Empresas evoluem em práticas de governança, indica PwC
Estudo aponta para aumento de políticas de gestão de risco, execução pela diretoria e reconhecimento da supervisão do conselho
A governança corporativa é parte importante da agenda de ESG das empresas, sobretudo em áreas críticas como riscos, auditoria e ética. No Brasil, as empresas de capital aberto têm evoluído nessa questão, conforme aponta a PwC Brasil.

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A consultoria analisou os Informes de Governança de 2025 de 363 companhias de capital aberto no País. Há um aumento na adoção de políticas de gerenciamento de risco, por exemplo. Neste ano, 78,8% das companhias adotam uma política aprovada pelo conselho de administração, contra 54,6% em 2020.
No mesmo período, cresceu em 20 pontos percentuais a execução da política de gestão de riscos por parte da diretoria, com 81,8% atualmente. Além disso, 72,2% dizem realizar a avaliação periódica da eficácia (20,6 pontos a mais em relação a 2020).
Ao conselho de administração também foi atribuída uma maior responsabilidade em supervisionar os mecanismos de controle interno e riscos. Neste ano, a taxa é de 83,2% das empresas, enquanto há cinco anos era de 65,6%.
No que diz respeito à auditoria, 45,5% das empresas contam com comitês estatutários (eram 22,6% em 2020). Já 77,7% fazem o reporte da auditoria independente ao comitê. Antes, o número era de 55,1%. Já 64,7% das organizações vinculam diretamente a auditoria interna ao conselho de administração, contra 46% há cinco anos.
Por fim, a PwC Brasil chama a atenção para a adoção de comitês de conduta no campo da ética e conformidade: mais da metade (57,9%) contam com um desses. São 19,7 pontos percentuais a mais no intervalo analisado.
Apesar dos avanços, apenas quatro empresas declararam aderência integral aos itens recomendados pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa.