Pyr Marcondes
5 de março de 2018 - 8h00
Fogo, Eletricidade, Internet e Inteligência Artificial. Resumindo, essa é a história da Humanidade até aqui.
O capítulo da Inteligência Artificial está em construção nos laboratórios mais avançados do mundo, de autoria dos mais inteligentes cérebros a disposição no Planeta hoje. E ele re-escreverá a forma como vivemos, mas meu ponto aqui é ligeiramente diferente.
A Internet é hoje nossa plataforma de conectividade por excelência. É por ela e através dela que conversamos, que acessamos dados e conteúdos. Isso tudo vai continuar.
Ocorre que a Internet é burra. É um protocolo de conexão em rede, uma instrução tecnológica, uma base vazia de vai e vem de dados. Pois então imagine se uma camada de inteligência pudesse ser colocada sobre ela e se essa camada se integrasse a ela dotando-a de uma capacidade incremental de aprendizado sem fim.
Pois é isso que vai acontecer quando a Inteligência Artificial se incrustar na base da internet, deixando a internet que conhecemos parecendo um Atari.
No MWC deste ano, embora o evento claramente viva um momento de expectativa e espera diante da chegada das versões mais definitivas de várias tecnologias, entre elas a própria Inteligência Artificial, mas também o 5G, por exemplo, deu perfeitamente para enxergar um pedacinho do nosso futuro conectado.
Lembra que um dia dissemos que o mobile era a “segunda tela”? Lembra quando, logo depois, evoluímos e passamos a usar a expressão “mobile first”? Pois vamos rapidinho avançar para falarmos em “mobile only”, já que a internet será integralmente móvel, não ficando nenhum tipo de conexão fora dela. Para então, finalmente, chegarmos ao patamar da “Artificial Intelligence only”.
Não haverá conexão fora da mobilidade e não haverá internet sem AI.
Essa transformação impactará na forma como navegamos a usamos a internet, porque ela vai saber quem somos, o que gostamos e o que preferimos.
Será assim que, em muito pouco tempo, não vamos mais navegar na Internet: ela é que vai nos navegar.