Pyr Marcondes
3 de outubro de 2017 - 12h06
Uma rede de varejo? Não, não mais.
O Magazine Luiza, seguindo o exemplo da Amazon, que não é mais faz tempo uma loja online de livros, se transforma claramente numa plataforma digital omnichannel, que suporta um markeplace aberto (como a própria Amazon e o Walmart), por sua vez estruturado sobre uma poderosa estrutura de 400 técnicos de seu Lab, voltado para o aprimoramento tecnológico disruptivo constante, hoje focado em Inteligência Artificial.
Quem contou isso para quem quis ouvir e entender foi Fred Trajano, CEO do grupo, agora cedo no MaxiMídia, no Papo de CEO, com Salles Neto, Presidente do Grupo Meio & Mensagem.
Com a abertura da sua API para integração de outras lojas, a rede saltou de 40 mil itens para mais de um milhão. And counting.
Fred anunciou ainda que vai abrir 60 lojas este ano e que cada vez mais a função das unidades físicas vai ser integrar-se ao digital, numa cadeia on/off sem fim. Ativações on levam pra loja off e vice-versa, num conceito omichannel, ou loja 4.0, se quiser.
Tudo isso conta hoje com o crescente atendimento por chatbots, assistentes virtuais, da qual a digital Lu é a ponta mais aparente.
Fred anunciou ainda no evento que virá com novidades para concorrer, nessa mesma área de assistência virtual via voz, com soluções como Alexa e Cortana, respectivamente as plataformas de voz da Amazon e Microsoft.
Como ele fez questão de destacar, trata-se de uma profunda transformação digital de toda a companhia e não apenas de construir meia dúzia de apps.
O varejo vive hoje sua maior transformação desde sempre. E o Magazine Luiza, depois de ter se endividado em R$ 2 bilhões em 2016, sob a regência de Fred multiplicou seu valor de mercado em 30 vezes, tudo em cima dessa integração do físico com o virtual, é, certamente, o estado da arte hoje no Brasil desse movimento.