Pyr Marcondes
21 de novembro de 2017 - 7h00
A IBM está esta semana nas páginas amarelas da Veja e na entrevista principal do jornal Meio & Mensagem.
Vou usar essas duas aparições como gancho para uma reflexão.
Antes de ler, no entanto, veja o disclaimer no final deste texto, assim você não lê com viés o que quero dividir com você.
Isso feito, vamos lá.
IBM quer dizer International Business Machines. Máquinas internacionais para negócios. A empresa nasceu para TI, antes de existir TI.
Teve origem a partir de várias companhias que foram se aglutinando desde o final do século XIX, mas foi sob o comando de Thomas J. Watson, um cara voltado prioritariamente para o interesse do consumidor/usuário final, que assumiu a direção geral da companhia em 1914, que ela assumiu a feição que tem até hoje.
Consolidou-se como a Big Blue, a maior companhia fabricante de computadores e mainframes da história.
Na década de 1980, tomou duas piabas históricas: uma da Apple, que criou o primeiro computador pessoal, o Macintosh, começando ali a enterrar de vez os mainframes; e outra da Microsoft com o Windows, um software com interface gráfica e programas utilitários para gestão da vida das pessoas, deixando as máquinas em segundo escalão de importância.
Recobrou-se da porrada para se transformar numa empresa de serviços de tecnologia – voltando talvez um pouco a sua origem – conquistou o povo de TI e, mais recentemente, consolidou a criação de sua maior conquista em décadas, o Watson, o mais avançado projeto de Inteligência Artificial já em uso no mercado que se conhece.
Em sua entrevista a Veja, sem entrar no detalhe das piabas, Ginni Rometty, CEO da companhia, diz que foi exatamente a capacidade de seguir inovando e de se adaptar às novas formas da sociedade realizar negócios, o segredo do sucesso da companhia. Uma máquina internacional de negócios. Não era isso no início?
Ginni alerta ainda que a empresa está se preparando para o novo salto da nova era tecnológica. Ora, quem tem o Watson tem, certamente, um valioso e poderoso diferencial competitivo para a era da inteligência artificial.
A essas constatações, queria acrescentar uma outra, a partir da entrevista concedida ao repórter Luiz Gustavo Pacete, de Meio & Mensagem, por Michelle Peluso, CMO da IBM. Em minha opinião, a melhor frase da moça na conversa é que a próxima geração (de pessoas e de negócios) não é mais uma geração que vê a disrupção como um desafio, mas como parte integrante do processo de gestão e de se fazer as coisas no mundo corporativo.
Bom, enfim, chegamos a minha reflexão.
A transformação permanente é a única forma de sobrevivência no novo mundo digital. Não é contratar um novo cara para o digital. Não é sequer criar um departamento, um puxadinho, digital. É fazer como fez e está fazendo a IBM. De verdade. Top-down e bottom-up. É a tal Transformação Digital assumida integralmente pelas companhias.
Para os que acham que esse é um desafio grande demais, nada como olhar para a história da IBM. Empresa pequena, ela? Não, né? Empresa nascida na era digital? Não, né? Empresa sem cultura e legados históricos anteriores? Não, né?
Então, mãos à obra. Nenhuma empresa, de nenhum tamanho, de nenhum setor, escapará dessas transformações permanentes de agora em diante. Falei em dissolver outro dia. Sigo falando. Agora, com um business case exemplar e concreto, estampado amplamente na imprensa brasileira esta semana.
(*) A M&M Consulting, operação que coordeno aqui dentro do Grupo Meio & Mensagem, é responsável pela produção e manutenção do projeto Innovation Insider, um site de inovação para marketing que tem já dois anos de vida, para a IBM. A companhia, portanto, é minha cliente. Por conta disso, você dá o desconto que quiser ao que leu aí acima.
(*) Para conhecer a fabulosa história de 100 anos da IBM no Brasil acesse este link, com 10 vídeos compilados e editados por Mauro Segura, Diretor de Marketing da companhia no Brasil.