UBER voa nas asas da Embraer para a liderança mundial da aviação urbana.

No painel com o excelente nome de "Where We´re Going We Don´t Need Roads", as duas companhias atualizaram os presentes ao SXSW sobre seu projeto comum, que decola em pre-launch já em 2020.

i 15 de março de 2018 - 8h00

 

Uma das trilhas de conteúdo do SXSW deste ano é Intelligent Future. Nessa trilha, a Embraer e Uber se apresentaram ontem aqui, mostrando seu projeto comum de aeronaves de pequeno porte, inicialmente pilotadas, mas posteriormente autônomas, que busca ocupar o que, segundo as duas, deverá ser um dos nichos da aviação que mais irá crescer no futuro próximo, o de vôos urbanos de curta distância.

Ver no palco a Embraer e o Uber apresentando um projeto conjunto num evento como o SXSW não deixa de dar, a alguns brasileiros ali presentes, e me incluo entre eles, uma pontinha de orgulho nacionalista idiota. Temos tão pouco do que nos orgulhar recentemente, que uma companhia brasileira mostrar soluções de ponta num evento de tecnologia de ponta, não deixa de ser um marco.

O projeto é um Uber de pequenos aviõezinhos, que você usa como se fossem os taxis habituais da companhia. Pega o aplicativo, chama, sobe num prédio ou local público destinado para pousos e decolagens da plataforma, e voa para seu destino.

Em 2020 o projeto terá seu pré-lançamento comercial para, em 2024, estar totalmente operacional.

Para dar essa atualizada na parceria inédita, que já havia sido publicamente comunicada em dezembro passado, para surpresa do mercado de aviação e demais mercados, estiveram no SXSW o próprio Presidente e CEO da Embraer, Antonio Campello, e o Diretor de Engenharia para a aviação do Uber, Mark Moore.

Campello destacou que há um mercado potencial enorme que deverá ocupado pelo projeto, embora Moore adiante que as duas companhias não voarão sozinhas em céu de brigadeiro nesse segmento (dos Fly eVTOLs). Segundo adiantou, muitas outras empresas, 52 precisou, têm já projetos mapeados no su-segmento que eles chamam de decolagem na vertical.

Campello fez questão de destacar que a Embraer é hoje a fábrica de aviões que executa projetos mais rapidamente e é também exemplo de controle de segurança e confiabilidade de suas aeronaves.

Os aviõezinhos que as empresas estão construindo parecem drones com mania de grandeza. Tem capacidade para 4 passageiros e um piloto. Tem 23 milhas de autonomia de voo. São elétricos e a recarga das baterias demoras poucos minutos. O sistema de propulsão elétrica distribuída, explica tecnicamente Moore, permite que vários equipamentos de voo do avião entrem em pane, sem que isso afete a sustentação da aeronave no ar. O

Moore considerou que não se trata apenas de mais um segmento de aeronaves que começa a ser explorado, mas em verdade, numa mudança de hábitos urbanos das populações das grandes cidades. O fenômeno dos congestionamentos crescentes nos grandes centros populacionais deverá ser um dos motores de sucesso do novo projeto, estima. É mais um passo rumo as cidades inteligentes.

Voe aqui com Uber e Embraer.