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A vida de um techie 4.0

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A vida de um techie 4.0

Alexa fica na cozinha me fazendo companhia, enquanto meu café está sendo preparado sozinho pela cafeteira que acoplei à tomada inteligente da Belkin que sabe quando é a hora de começar.


29 de março de 2018 - 7h10

 

 

Mike Ajnsztajn*

 

A cada dia que passa percebo que não consigo mais viver sem uma série de facilidades que a tecnologia nos trouxe. Graças às startups do mundo afora nosso dia a dia fica mais fácil, mais produtivo e, portanto, mais longo.

 

Mais longo? Sim! Conseguimos “esticar” o dia porque temos atalhos, estes que estão na palma de nossas mãos, nos teclados às nossas frentes e nas diversas mensagens de áudio.

 

Começo meu dia perguntando para a Alexa, da Amazon: “quais são as principais notícias?” e ela me responde com um áudio contendo um medley de reportagens dos principais jornais que a ensinei a escolher quando recebi este pequeno aparato que tem o tamanho de um puck (disco) de hóquei.

 

Alexa fica na cozinha me fazendo companhia, enquanto meu café está sendo preparado sozinho pela cafeteira que acoplei à tomada inteligente da Belkin que sabe quando é a hora de começar.

 

Preparo minha omelete no meu fogão usando um mix de ovos já pré-preparados sem colesterol e em menos de 15 minutos termino meu café e me dedico à leitura de notícias que aparecem nas notificações de meu tablet. Tentando ser o menos político possível uso meus aplicativos de notícias, em que o jornalismo é objetivo e eu posso chegar nas minhas próprias conclusões, sem opiniões enviesadas e com fontes reais, nada de “fake news”.

 

Chega o Uber que reservei na noite anterior – dispensei o carro há alguns anos e já não tenho mais a intenção de dirigir, para lugar algum. Prefiro trabalhar no carro ou me atualizar (exceto aqueles passeios de moto no final de semana), e sem dúvida passei da fase de bater papo com o motorista, que precisa focar na minha segurança.

 

Falando em segurança, pegamos a estrada para Nova York e vejo um caminhão autônomo navegando pela pista da direita (ainda com um humano ao volante, somente para continuar os testes de segurança); é um daqueles gigantes, assustadores, de 18 rodas que esta sendo dirigido pelo software da Embark. A frota conversa entre si e em breve irá conectar com os carros autônomos também. Quando isso acontecer o trânsito vai ser fluido, seguro e preditivo. Nunca mais ficaremos parados num congestionamento e com certeza vou conseguir agendar mais reuniões presenciais durante meu dia.

 

Acabei de chegar ao escritório, acionei meus AirPods, os fones de ouvido mais sensacionais que já usei (com redução de ruído, mas principalmente com uma integração total com meu Mac). Basta abrir a caixinha e o som já se conecta diretamente, sem precisar apertar nenhum botão.

 

Abro minha tela e entro no meu vídeo call com o Brasil e China, usando o Zoom. Com a conexão perfeita e gratuita, todos revisamos juntos uma apresentação interativa no Prezi, um software de apresentações interativo, e gravamos a call para que não fiquem dúvidas. O vídeo é comprimido e enviados a todos em questão de segundos. Pareciam que estavam todos comigo na mesma sala…

 

Recebo uma mensagem no meu relógio e lembro que a Apple vendeu mais relógios no último trimestre de 2017 do que toda a indústria relojoeira da Suíça reunida, inclusive a Swatch, tornando-se o maior relojoeiro do mundo. Quem se lembra das duras críticas que o Apple Watch recebeu no seu lançamento?

 

Já deu para perceber que sou fã da Apple, mas é uma questão de eficiência, já que todas minha máquinas estão integradas, sem esforço algum. Disparo uma série de e-mails usando um plug-in de uma startup de Berlim ao Mail para Mac chamado Mailbutler, que me avisa quem leu meus e-mails, agenda se quero enviá-los mais tarde e me lembra de fazer acompanhamento de assuntos importantes, além de me dar as estatísticas de minha eficiência, diariamente.

 

Já é quase horário de almoço, e como é costume nos Estados Unidos (onde vivo hoje), vou almoçar na minha sala, para não perder tempo. Entro no site da Goldbelly, que entrega comida de restaurantes selecionados e me avisa quando chegou. (Quando estou no Brasil e quero almoçar no escritório uso o Marmotex, que tem pratos ótimos e econômicos.)

 

Engulo rapidamente um sanduíche de pastrami do Katz (o melhor da cidade!) e durante o almoço faço o relatório de despesas da minha última viagem ao Brasil usando o Espresso, aplicativo que tira fotos de meus recibos e envia as informações automaticamente para o setor administrativo no Brasil, que me paga no dia seguinte.

 

Chega a notificação de minha próxima reunião e vejo no Google Maps como chegarei ao Brooklyn de maneira eficiente – percebo que são 5 paradas de metrô.

 

No caminho deste encontro, “leio” The Subtle Art of not Giving a F*uck do Mark Manson, via Audible usando os AirPods, e recebo outro aviso, de que está na hora de verificar meu Strados, um wearable que mede meu nível de respiração – não sou asmático e não tenho apneia, mas estou avaliando esta solução. Aliás, a indústria de healthtech está de vento em poupa e cada vez mais temos soluções nos nosso bolsos e braços que nos ajudam a controlar nossa saúde, além de melhorarmos nossa interação com os médicos.

 

São somente 17h, fui altamente produtivo hoje e ainda dá tempo de chegar em casa para revisar alguns contratos de investimento de startups no Brasil, que assino via Clicksign, tudo online e organizado por pastas – vale destacar, a junta comercial de São Paulo e Belo Horizonte já aceitam estes documentos, e assim agora consigo fechar investimentos de qualquer lugar.

 

Está na hora de comprar Bitcoin e Ethereum no Coinbase e no Foxbit, coisa que venho fazendo religiosamente toda sexta-feira. HODL! Pra quem não sabe: “hold for your dear life”, guarde pelo resto de sua vida!

 

 

*Mike Ajnsztajn é cofundador da ACE, uma empresa de investimento em startups e inovação para grandes empresas; do GVAngels, grupo de investidores-anjo de ex-alunos da FGV; e investidor-anjo ativo nos EUA. Vive entre Nova York e São Paulo há mais de 15 anos.

 

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