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All in: a verdade sobre o jogo dos dados
Chamar de azar nossa própria incapacidade de conhecer e saber lidar com nossos bancos de dados e informações pode ser uma grande forma de tapar o sol com a peneira
Chamar de azar nossa própria incapacidade de conhecer e saber lidar com nossos bancos de dados e informações pode ser uma grande forma de tapar o sol com a peneira
9 de junho de 2016 - 12h43
Quem pensa que jogar com dados é apenas uma questão de sorte ou azar, está redondamente enganado. Em Las Vegas ou Atlantic City pode até ser essa a questão, mas, no ambiente corporativo, “sorte” ou “azar” dependem de outro substantivo bastante conhecido e, muitas vezes, negligenciado: o conhecimento.
Supondo que é verdade que, no jogo tradicional, aquele das mesas dos grandes cassinos, há uma questão de aritmética e de probabilidades, contra e a favor de quem se arrisca por aquelas bandas, no caso dos dados e da informação corporativa esses fatores simplesmente não existem.
Chamar de azar nossa própria incapacidade de conhecer e saber lidar com nossos bancos de dados e informações pode ser uma grande forma de tapar o sol com a peneira. E isso acontece mais frequentemente do que se possa imaginar.
Intuição e conhecimento sobre o próprio negócio são fatores importantes, mas é fundamental sabermos com quem queremos falar e, mais do que isso, como vamos fazer essa comunicação. E, sem o conhecimento prévio e preciso de nossa base de dados, isso simplesmente não é possível.
Daí a importância de um trabalho profissional de CRM, feito por quem entende e conhece todo o processo de um big data. Sim, porque o sistema por si, por melhor que seja, também não é capaz de gerar resultados expressivos. É preciso mais do que isso. É preciso conhecimento no assunto.
Não são poucos os exemplos de casos de insucesso e de investimentos vultosos em tecnologia, em análise de dados e em comunicação, que acabam não refletindo em resultados práticos para os clientes. E a origem desse insucesso invariavelmente está no desconhecimento do processo, que só pode ser realizado de ponta a ponta por quem é especialista. Inclusive a comunicação com o cliente final.
Investir em big data ou em sistemas de CRM sem essa preparação será sempre uma ação de alto risco. E aí não será a sorte ou o azar que farão a diferença. As probabilidades estarão todas jogando contra você e contra seu dinheiro nesse momento.
(*) Daniel Brumatti é diretor da Ad.Agency
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