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Fake news: ser enganado ou não ser? A decisão é sua!
Todo cuidado é pouco! Desconfiar e checar a verdade são sempre as melhores opções. Questione e incentive essa cultura do questionamento dentro da sua própria empresa.
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13 de novembro de 2019 - 9h21
Por Deivison Pedroza (*)
A que ponto chegamos. O fenômeno fake news não é novo e, mesmo assim, não para de ganhar força e importância. Quando me refiro a notícias falsas não estou falando de erros jornalísticos ou mentiras rapidamente espalhadas por meio das redes sociais. A coisa é muito mais séria e, muitas vezes, estão ligadas a questões políticas. Já presenciamos muitas delas sendo propagadas por políticos, responsáveis por espalhar tais boatos. Podemos dizer que esse fenômeno explodiu em 2016, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, quando as fake news passaram a ser divulgadas massivamente pela internet, com utilização da Inteligência Artificial. Assim como uma bomba, o feito se espalhou pelo mundo e vimos o mesmo acontecer aqui no Brasil nas eleições passadas.
Hoje e ao longo da história, são tantos exemplos que não acabam mais. Para comprovar esse fato, Pesquisadores do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), nos Estados Unidos demonstraram que é muito maior a chance de uma notícia falsa ser repassada (70% mais chance de republicação) do que uma notícia verdadeira. Assistimos essas mentiras, assim como o surgimento de meios de comunicação tendenciosos e instrumentalizados, principalmente os digitais. Parece não ter fim, como se fosse algo impossível de acabar. O assunto ganhou tanta notoriedade que, em setembro, foi realizado o 1° Simpósio Mundial sobre Mentiras da Internet, em Berlim, na Alemanha, com a presença de líderes da comunicação mundial.
Enganar o leitor, legitimar um ponto de vista e, até mesmo, prejudicar uma só pessoa ou um grupo. Independentemente do motivo, as fake news apelam para o emocional, fazendo com que, à primeira vista, os indivíduos acreditem no que estão lendo e logo compartilhem. Além das pessoas criarem propositalmente notícias falsas, também é preciso considerar cada um de nós como produtor de conteúdo em potencial, ampliando substancialmente o volume de informação disponível para o público, vindo de várias fontes e, na maioria das vezes, desconhecidas.
Recentemente, pesquisadores da Check Point fizeram previsões sobre cibersegurança para 2020. Eles afirmaram que “os adversários políticos fizeram um grande progresso na criação de equipes especiais que criaram e espalharam histórias falsas para minar o apoio a seus oponentes”. Isso assusta, pois teremos no Brasil as eleições de 2020 e temos que estar bem alertas para estratégias semelhantes. E o principal, não cair na mentira e, muito menos, compartilhá-la. Tarefa difícil, mas que fique a lição de casa.
Política à parte, as fake news podem estar presentes em todas as áreas de nossas vidas como já afirmei. Isso vai desde sua tia fofoqueira, que diz que escutou da vó, da vizinha, da amiga da cunhada uma história e jura que ela é verdade – mas não passa de uma grande mentira – até notícias de celebridades, saúde ou informações sobre empresas. Ninguém está livre das fake news.
Diante desse cenário, como que nós, líderes, podemos nos proteger das fake news em nosso dia a dia? Bom, vou compartilhar algumas dicas que sigo, tanto na minha vida pessoal quanto profissional. Acredito que funcionam bem e não me deixam cair nas armadilhas das notícias falsas com tanta facilidade:
. Olhar sites de checagem de fatos/notícias, os chamados fact-checking.
. Não leia só o título, principalmente se ele for muito apelativo, bombástico ou alarmista. Leia a reportagem também para ver se o título condiz com o conteúdo. E fuja de tudo que é extremamente sensacionalista. Provavelmente será fake news.
. Verifique o autor e pesquise sobre seu trabalho e onde escreve.
. Cuidado com frases muito polêmicas atribuídas a certos autores. Tente procurar outras fontes para comprovar que aquilo realmente foi dito pela pessoa em questão.
. Pesquise sobre o site onde o conteúdo foi publicado. E atenção, porque alguns realmente possuem endereços ou layouts semelhantes com sites Esteja atento às pegadinhas.
. Observe se há erros ortográficos.
. Veja qual a data da publicação porque, às vezes, a notícia não é falsa, só velha.
. E muito importante: incentive essas mesmas atitudes em todos dentro da sua empresa, sempre que estiverem diante de qualquer notícia recebida pela internet.
Além disso, não compartilhe qualquer coisa só porque você recebeu de algum amigo ou parente. Temos forte tendência em confiar nas pessoas que conhecemos, mas, quando se trata de notícias compartilhadas pela internet, é preferível deixar um pouco essa confiança de lado. Não é porque seu amigo, tio ou prima te enviou algo que aquilo, necessariamente, é verdade. Não use esse filtro de “relações pessoais” para decidir se algo é real ou não e tente seguir as dicas acima antes de qualquer atitude para repassar informações adiante.
Agora, lembra quando eu falei sobre o 1° Simpósio Mundial sobre Mentiras da Internet? Quem de vocês desconfiou e foi pesquisar na internet se esse evento realmente aconteceu? Ou você acreditou que era verdade mesmo achando um nome meio estranho para um encontro de especialistas no assunto? É fake news! Esse evento nunca aconteceu. Se você não havia caído ainda, seja bem-vindo ao mundo das notícias falsas!
Claro que fiz só uma brincadeira com vocês para mostrar que, mesmo tendo bastante cuidado, uma fake news pode estar onde menos imaginamos. Ela não precisa ser a reportagem inteira, mas pode ser um “fato” dentro de um artigo, com finalidade de influenciar aquilo que estamos querendo dizer. É normal essas páginas adotarem esse caminho nos conteúdos, misturando informações verídicas com falsas.
Todo cuidado é pouco! Desconfiar e checar a verdade são sempre as melhores opções. Questione e incentive essa cultura do questionamento dentro da sua própria empresa. Todos nós somos responsáveis pelo que circula na internet. Então, faça a sua parte também. Ah, fiquem tranquilos, pois todo o resto que eu escrevi neste texto é verdade, podem confiar!
*Deivison Pedroza é empresário (CEO do Grupo Verde Ghaia), empreendedor, youtuber, escritor, palestrante e uma pessoa apaixonada por inovação
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