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Marketplace de autopeças. Por Vinicius Dias

A indústria de autopeças também encontra na rede mundial de computadores e nas novas tecnologias não somente uma estrada muito bem pavimentada para fortalecer o setor


7 de março de 2014 - 4h09

POR VINICIUS DIAS
Diretor Executivo do Canal da Peça

O comércio eletrônico segue com o pé no acelerador no mercado brasileiro. Segundo a E-bit, o setor movimentou R$ 28,8 bilhões no ano passado, um crescimento de 28% em relação a 2012. Apesar da inflação e da desaceleração da economia, o resultado superou as expectativas, que indicavam um crescimento de 25%. Para este ano, a previsão é de um avanço de 20%, chegando a um faturamento de R$ 34,6 bilhões.

A indústria de autopeças também encontra na rede mundial de computadores e nas novas tecnologias não somente uma estrada muito bem pavimentada para fortalecer o setor, mas respostas concretas para desafios inerentes a um mercado que é extremamente pulverizado, com milhares de produtos de diferentes marcas comercializados por um grande número de varejistas.

A possibilidade de, através de e-marketplaces, interconectar e estimular negócios entre todos os atores da cadeia – do fabricante ao distribuidor, passando pelo varejista, o mecânico e o próprio consumidor – será, e já começa a ser, um caminho sem volta para melhorar a gestão de estoques, organizar a logística, conquistar novos mercados e, claro, aumentar as vendas.

O avanço da banda larga por todo país, associado ao rápido crescimento da base de smartphones e o ingresso da classe C na Internet são alguns dos fatores que irão colocar mais gasolina nas transações on-line de peças de reposição, cuja demanda deverá continuar em alta por conta do envelhecimento da frota automobilística.

O Brasil deverá seguir a mesma rota do mercado americano, onde, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Google em parceria com a Millward Brown Digital, a venda online no setor vem evoluindo em ritmo acelerado – 7 entre 10 proprietários de veículos pesquisam na Internet antes de comprar autopeças, seja no varejo off-line ou virtual, e mais de um terço dos entrevistados disse ter comprado ou visitado varejistas após ter assistido vídeos na Web.

O mesmo estudo mostrou ainda que o ticket médio nas compras online é consideravelmente maior. Entre os que gastaram na faixa de US$ 100 a US$ 250, 45% compraram online, enquanto 21% pesquisaram online e compraram off-line e 23% pesquisaram off-line e compraram off-line.

Pisar fundo nas estradas da Internet passa a ser uma viagem obrigatória para os que querem manter os negócios rumo ao sucesso. É embarcar nesta ou estacionar a carroça no acostamento. 

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