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Pensamento sistêmico em Inovação é o nome do jogo para corporações em 2020
Segredo é apostar em uma boa metodologia da inovação, perpetuando resultados e não se limitando a apenas uma ideia genial
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10 de fevereiro de 2020 - 7h19
Por Clara Bidorini (*)
Acelerar. Está aí um desses verbos definitivos da língua portuguesa. Definitivos, porque ele está presente em muitas iniciativas na vida das pessoas. Ideias, iniciativas, projetos sempre embutem um “quê” de entusiasmo, o que imediatamente nos conduz a um movimento de rapidez ou, entre tantos significados, de aceleração.
No mundo da Inovação, para mim, fica cada vez mais evidente que o grande pulo do gato do mercado vai acontecer quando as empresas compreenderem que a aceleração não é uma tacada ou uma ideia genial. A aceleração, na verdade, busca a sustentabilidade.
Quando adotada, essa conjugação, ou seja, aceleração e sustentabilidade, costuma trazer relevância e capacidade de entrega. Nós decidimos usar a disciplina de design para desenvolver projetos de inovação, pois entendemos que na expertise de design de serviço é que se constrói verdadeiramente a colaboração entre corporações e startups. Sem uma disciplina robusta, colaboração vira apenas talks, mentorias e networking.
O nível de maturidade e de exigência do mercado também está crescendo. Por exemplo, em 2019, vimos crescer o número de programas de aceleração disponíveis – buscador do Estadão PME listou 62 programas em atividade – e mais corporações aderindo ao modelo de construir relacionamento com startups para além do networking e mentoria. Também vimos a imprensa especializada destacar a mudança de perfis das aceleradoras tradicionais. Em reportagem do Link, Bruno Capelas falou da diversificação de modelos, usando os exemplos da Ace (Aceleratech) e da Wayra (Vivo); também citando a Liga Ventures, que possui um modelo híbrido, e a Kyvo que endossa o modelo de acelerar startups sem tomar equity, promovendo negócios sem troca de participação acionária.
Como profissional de Open Innovation há mais de 6 anos, também venho observando mudanças interessantes, como aceleração colaborativa. Explico. Em outras palavras, a aceleração colaborativa dilui os riscos, incentiva o compartilhamento da experiência entre as empresas envolvidas e aumenta as chances de concretização de negócios entre corporações e startups. Um bom exemplo é o Merkaz, pioneiro nesse processo e que reuniu 24 empresas de 5 verticais diferentes.
Quer outro exemplo? A francesa LaFabrique. Centro de inovação francês, e que reúne 4 corporações do mercado – Edenred, PNB Paribas, Ingenico Group e Banco Carrefour – vai investir em startups, com o intuito de acelerar o ecossistema no País. As empresas se inspiraram no Station F e o projeto será sediado no State, na Vila Leopoldina. Ou seja, é um movimento global.
É o caso do The Hop Brazil, nosso primeiro programa internacional, realizado em conjunto com Valhalla, parceiro espanhol. O objetivo desse programa é promover a criação de uma ponte empreendedora Brasil – Espanha para exportação de soluções brasileiras para o mercado europeu e sul-americano da Estrella Galicia.
A expectativa, portanto, é boa para 2020. Acreditamos que seja um ótimo ano, repleto de desafios e que amplie a visão de que os projetos de inovação necessitam cada vez mais de ações sustentáveis. O número de unicórnios é um bom indicador, mas não se resume nele mesmo. É preciso posturas afirmativas no universo da inovação e em atitudes inclusivas e mais abrangentes.
(*) Clara Bidorini é Head de Corporate Venture na Kyvo Design-Driven Innovation, plataforma de inovação que desde 2017 só atua com programas de inovação corporativa baseados em service design e sem contrapartida acionária. Trabalha com open innovation desde 2014, é professora de design estratégico e empreendedora.
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