João Adibe, da Cimed: alma de vendedor, mente de estrategista

Meio & Mensagem
20 de maio de 2025 - 17h00

João Adibe Marques começou a trabalhar na Cimed, companhia fundada por seu pai, João de Castro Marques, no final da década de 1970, ainda bem jovem. Hoje, aos 53 anos, o executivo tem a missão conduzir a farmacêutica rumo à meta de faturamento anual de R$ 10 bilhões até 2030.

Da criação da companhia aos dias atuais, diversas transformações tecnológicas e sociais impactaram tanto a indústria farmacêutica quanto a própria Cimed, que conseguiu o feito de criar uma marca valiosa em um segmento em que, geralmente, os holofotes acabam ficando sobre os medicamentos e produtos vendidos.

“A indústria farmacêutica costuma trabalhar a marca dos produtos, não a marca dela. Quis parar de falar de produto para falar de marca. Usamos a cor para sermos reconhecido pelos brasileiros”, contou Adibe no primeiro programa CEO’s Talk Show, projeto de Meio & Mensagem e da agência Califórnia, apresentado por Nizan Guanaes, que estreia nesta terça-feira, às 17h.

Ao publicitário, o CEO da Cimed abordou diversos aspectos que englobam sua gestão e a forma pela qual ele vem tentando, por meio do desenvolvimento de seus negócios, criar uma reação em cadeia que estimule o crescimento dos pequenos estabelecimentos do Brasil.

Segundo ele, o segredo para o sucesso de uma empresa nacional brasileira é pensar sua atuação de forma regional.
“A maioria das multinacionais não entendem o Brasil regional. Temos uma base própria, em todos os estados brasileiros, para atender aos pequenos negócios, além de políticas de incentivo”, contou Adibe.

Por meio do Programa Foguete Verde Amarelo, criado em parceria com o safra, a Cimed oferece crédito para que os estabelecimentos tenham condições de ofertar os produtos da companhia, efetuando os pagamentos apenas após a concretização das vendas.

CEO e garoto-propaganda

Nizan Guanaes também destacou, durante a entrevista, o fato de Adibe ser o rosto principal da comunicação da Cimed, aparecendo em ações de merchandising no Domingão com Huck, por exemplo, e também em campanhas publicitárias.

“Qual o problema em vender um produto que fabrico? Em botar a cara a tapa para falar com o consumidor final”, questionou, acrescentando que não é apenas ele que segue essa estratégia. Os mais de 5 mil funcionários da Cimed também acabam sendo, na visão do CEO, os principais influenciadores da companhia. “As pessoas torcem pela empresa em que trabalham e isso acaba virando paixão”, disse.

Ainda sobre sua atuação, Adibe contou que, apesar de ocupar o posto de CEO e de liderar todos os negócios da farmacêutica, ele se vê, antes de tudo, como um vendedor.

“Sou um vendor e minha empresa é de vendas, com a operação toda focada em vendas. Todo mundo que entra na Cimed, não importa em qual área trabalhe, será pró-vendas”, contou.

Planos de sucessão

Assim como fez quando passou a atuar – e, posteriormente, liderar – a empresa fundada por seu pai, Adibe também se preocupa em preocupar as próximas gerações para liderarem a Cimed.

Na entrevista, o executivo contou que três de seus cinco filhos já trabalham na Cimed, em diferentes áreas. O mesmo aconteceu com os três filhos de sua irmã, Karla Marques Felmanas, vice-presidente da empresa.

“Sempre os introduzi na empresa para mostrar que aquilo faz parte do ambiente deles. Hoje, cada um com seu estilo, e em áreas diferentes, estão atuando e liderando frentes de negócios”, contou.

Na entrevista, o CEO da Cimed também falou sobre sua relação com o esporte – que, além de paixão, virou um negócio. Pelo 12º ano, a empresa é patrocinadora oficial da seleção brasileira e o próprio Adibe já assumiu o posto de Chefe de Delegação para os amistosos realizados em maio do ano passado.

“O Brasil é o País da música e do futebol, mas a seleção acabou se desconectando do público. Temos que fazer o futebol brasileiro evoluir e resgatar essa paixão”, pontuou.

Veja, abaixo, a íntegra do primeiro episódio do CEOs Talk Show: