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Quem são os mobile gamers e por que você deveria se importar?

Os jogos mobile fazem parte da categoria mais popular das lojas de aplicativos e consequentemente são os aplicativos mais utilizados pelas pessoas que possuem smartphones


8 de julho de 2016 - 10h00

Artigo de Felipe Sartori, Country Manager da Gameloft Brasil

Os jogos mobile fazem parte da categoria mais popular das lojas de aplicativos e consequentemente são os aplicativos mais utilizados pelas pessoas que possuem smartphones. Em 2015, os games representaram 85% da receita do mercado de apps e geraram 75% e 90% dos lucros da App Store do Google Play, respectivamente.

Ao processar as informações do cenário apresentado acima, o nosso imaginário já nos leva a conclusões errôneas sobre o perfil dos mobile gamers: “Devem ser aqueles nerds que gastam todo o dinheiro dos pais em jogos e ficam trancados em casa o dia inteiro”. A verdade é que não poderíamos estar mais enganados.

Os games são para todos. Os jogos mobile, principalmente aqueles que são de graça, levam este tipo de conteúdo para uma grande parcela da população e aumentam o alcance deste universo lúdico. O jogo mobile é uma atividade popular tanto em casa quanto na rua e as pessoas jogam por vários motivos: para se divertir, durante o deslocamento (escola-casa-trabalho) e para interagir com outras pessoas.

Existem diversos estilos de jogos e, é claro, diversos tipos de gamers. Os jogadores casuais, por exemplo, jogam por passatempo, os midcore querem se divertir em turma. Já os hardcore entram no jogo para competir e ganhar notoriedade.

Os jogos online estão cada vez mais sociais e interativos, os mobile gamers não são reclusos e solitários, muito pelo contrário, eles se engajam para construir uma comunidade forte dentro dos jogos, formando clãs e alianças. Também vale mencionar aqueles jogos que incentivam a coletividade dos amigos para a ‘troca de vidas’, pode admitir, sua tia já te pediu vidas, certo?

Os jogos freemium (download grátis com compras dentro do aplicativo) popularizaram os games e aquele estereótipo de que gamers são nerds morreu. Em 2015, a Newzoo divulgou um relatório sobre a indústria de games mobile que constatou que o número absoluto de jogadores mobile já chegava em 1,5 bilhões no mundo todo.
Segundo um estudo publicado pelo IAB, nos Estados Unidos, o típico mobile gamer é uma jovem profissional, do sexo feminino, com rendimentos acima da média e com planos de como gastar seu dinheiro. No mundo inteiro as mulheres estão quebrando paradigmas da indústria de games, segundo um relatório da EEDAR, 55% dos mobile gamers dos Estados Unidos e do Canadá são mulheres, já no Reino Unido, segundo um relatório do IAB UK, as mulheres representam 52% dos jogadores mobile.

No Brasil, não é diferente, todas as idades e gêneros jogam, inclusive, segundo a Pesquisa Game Brasil 2016, dentre as pessoas que declararam jogar algum jogo eletrônico, o público feminino é maioria (52,6%) e segundo dados do YouTube, a visualização de vídeos sobre jogos entre mulheres dobrou nos últimos anos, sendo que, as mulheres acima de 25 anos representam o nicho que mais cresce no que se refere a consumo de conteúdo de games.

Mas por que este público é importante para a sua marca?
Comece a repensar sua estratégia de marketing digital se você ainda não está considerando os games como uma mídia interessante para atingir seu público-alvo. Os mobile gamers, como já mencionamos, abrangem diferentes demografias (homens, mulheres, jovens, adultos, mães, crianças e etc.), quando jogam, estão em um momento de lazer abertos a novas descobertas e, o principal, são considerados uma audiência bastante influente e consumista.
Com a ajuda desses consumidores superengajados, a indústria de games está crescendo exponencialmente, e faturou em 2015 USD 90 bilhões. A projeção para 2019 é USD 120 bilhões, maior que a projeção para as indústrias de filmes (USD 35 bi), TV a cabo (USD 105 bi) e música (USD 15,8 bi). E não pense você que o Brasil é uma pequena parcela desta indústria: somos o 4° maior mercado em número de jogadores e o 11° em faturamento.
Segundo dados no IBOPE, no Brasil, temos aproximadamente 46 milhões de jogadores, que podem ser considerados gamers hardcore ou casual. Essa audiência passa, em média, quatro horas por semana jogando e faz cinco sessões diárias, ou seja, o jogo é aberto cerca de cinco vezes por dia.

Pensando nisso, temos, então, aproximadamente ¼ da população brasileira jogando em smartphones e tablets exatamente nos horários em que o desktop não está sendo utilizado, portanto, se você está planejando uma campanha digital 360º para sua marca, precisa considerar estar presente no mobile e principalmente dentro dos apps de games.

Segundo a Pesquisa Game Brasil 2016, 96% das pessoas que jogam, gostam de games para passar o tempo, e se consideram jogadores casuais ou midcore. Apenas 11% dos entrevistados se consideram “gamers de verdade” ou jogadores hardcore, provando, mais uma vez que, o estereótipo de que todo mundo que joga é nerd está morto.
Os jogadores são engajados e costumam ser advogados das marcas que consomem. Segundo dados do YouTube, dos dez canais mais visitados nos Estados Unidos, seis são relacionados à games, trata-se de uma audiência fiel, que sempre volta buscando mais conteúdo.

Quando falamos em games, não podemos considerar apenas os jogos e consoles propriamente ditos. Este é um ecossistema que engaja mais do que podemos imaginar, visto que é absurdamente rico de conteúdo, abrangente e aberto a interações sociais. Os gamers não ficam atrás só de uma tela, eles são curiosos, vão atrás de novos conteúdos. Hoje em dia, game tem muita em comum com cinema, música, educação, grandes eventos e etc. Os games mexem com os sentimentos, desafiam, provocam, questionam e motivam os usuários. E a melhor parte é que quando o usuário está jogando, ele está se divertindo e está com o mindset positivo, disposto a ver o que sua marca tem para mostrar.

O público que joga é não é só mais uma audiência qualquer, é uma audiência qualificada que investe muito do seu tempo e do seu dinheiro neste tipo de conteúdo. Atrás dos mobile gamers existem consumidores, com poder aquisitivo alto, que já estão acostumados a fazer compras no ambiente mobile e estão planejando compras importantes.

A Gameloft fez uma pesquisa com os jogadores de sua plataforma e abaixo temos alguns insights bem interessantes para entender como e o que este público consome:

• No Brasil, 53% dos entrevistados pretendem comprar um carro nos próximos 12 meses; E 38% dos adultos entre 18-34 anos pretendem comprar um carro nos próximos 3 meses;
• 44% das jogadoras mulheres da Gameloft entre 18-34 anos investem seu dinheiro em produtos importados (moda e beleza);
• 63% do público da Gameloft considerado Millennials pretendem comprar algum device tecnológico nos próximos 12 meses e 42% fazem viagens regulares;
• 30% das mulheres entre 35-44 anos fazem compras em e-commerces e 53% estão planejando comprar algum device tecnológico nos próximos 12 meses;
Os dados abaixo do estudo Mobile Gamers do IAB dos Estados Unidos também são interessantes para entender os hábitos de consumo dos mobile gamers.
• Sendo digitalmente esclarecidos e heavy users do mobile, os mobile gamers pesquisam produtos on-line e usam seus smartphones antes de comprar algo. Eles estão muito mais propensos a fazer compras nos dispositivos mobile do que a maioria da população adulta dos Estados Unidos;
• Os mobile gamers estão mais propensos a serem convencidos a comprar alguma coisa se a publicidade é digital;
• Eletrônicos e vestuário são as categorias mais pesquisadas pelos mobile gamers e a publicidade digital destes artigos tem maior impacto sobre eles;
• Mobile gamers influenciam uns aos outros e eles dão mais conselhos e opiniões sobre produtos e serviços do que a maioria dos americanos;
• 22% das compras dos mobile gamers do sexo masculino são influenciadas por anúncios de vídeo dentro dos jogos.
Enfim, o mobile gamer é um público desejável que pretende gastar seu dinheiro e utiliza o smartphone como aliado nos momentos mais importantes da compra (pesquisa e last click).
Advertising in-game é uma oportunidade única que garante engajamento e alcance para as marcas e se a publicidade for bem acompanhada de um planejamento digital completo as chances de conversão aumentam ainda mais.

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