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Decifrando o Blockchain para a comunicação

Como o protocolo de rede descentralizada pode trazer disrupção a diversas partes da cadeia do marketing


9 de maio de 2018 - 8h43

Guga Stocco, consultor especializado em cripto moedas, deu início ao painel “Blockchain e a transformação digital da mídia” com um pitch acelerado para tentar trazer alguma luz a um tema ainda complexo para muitos mercados, inclusive para o marketing. Comparou, basicamente, a mentalidade construída em torno da “internet da informação”, aquela com a qual estamos acostumados, com um novo protocolo em desenvolvimento que está fazendo nascer a nova web, a “internet do valor”.

 

Pyr Marcondes, Guga, Gabriel e Felipe (Crédito: Denise Tadei)

“O Blockchain, basicamente, descentraliza as informações que qualificam um dado ou uma informação, e distribuí essa informação numa rede que é muito mais segura do que a internet que conhecemos”, falou Guga. “Tudo depende de como você trabalha com um algoritmo de consenso”, complementou, ressaltando que é preciso ter um ecossistema que concorde com os termos para trabalhar nesse modelo.

Citou uma série de empresas ou de serviços que já estão atuando sobre blockchain, como o browser Brave, a plataforma social Just Live, e a as network Publiq. “Só em ICOs, já nesta época do ano, ja dobrou a captação em dólares de todo ano passado, chegando a US$ 6 bilhõees”, disse Guga, citando as “initial coin offerings”, espécie de processo de nascimento de redes de blockchain, quando são ofertados tolkens — suas unidades básicas de valor — aos interessados.

Gabriel Borges, chief strategy officer (CSO) da Ampfy, comparou o blockchain à febre do ouro, que levou milhares de pessoas a regiões como a Serra Pelada em busca de riquezas sem ter certeza do que se encontraria. “A gente ainda não sabe direito, da perspectiva de marca, como utilizar blockchain no nosso dia a dia e é parecido com internet no passado, não sabíamos exatamente para que servia aquilo. Mas depois descobrimos”, falou. “Há muito espaço em branco no universo de blockchain.”

Felipe Sant’Anna veio ao ProXXIma 2018 compartilhar o desenvolvimento da Paratii, da qual é cofundador. Nascida dentro da Bossanova, a ideia era, segundo ele, elaborar “uma exploração alternativa para monetizar conteúdos audiovisual” que pudesse entregar mais valor a principal parte dessa cadeia: os criadores.

“Somos dez pessoas espalhadas pelo mundo desenvolvendo e construindo uma plataforma que acreditamos que vai trazer mais competição, vai baixar custo pra todo mundo e melhorar a qualidade do conteúdo”, afirmou. “É em código aberto e qualquer um pode construir em cima, possibilitando um desenvolvimento muito mais rápido e de melhor qualidade, de forma livre e pública.”

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