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IA e assistentes virtuais agilizam conexão de marcas

Processos de automação se tornaram fundamentais para o desenvolvimento de relacionamentos eficientes com o público


9 de março de 2022 - 12h54

Tecnologia ajuda as marcas a criarem conexões (Crédito: Willyam Bradberry/shutterstock)

Muitas marcas buscam formas de se conectar com mais facilidade com seus consumidores e público-alvo. Independentemente da finalidade, agilidade se tornou a palavra-chave e, por isso, recursos de inteligência artificial (IA) surgem para ajudar a desenvolver esses trabalhos.

No entanto, para que esse tipo de tecnologia funcione, é preciso que as máquinas sejam treinadas de forma adequada e aprendam o que devem fazer. Muitas tecnologias são alimentadas por base de dados que definem os padrões, tom de voz e respostas. Paulo Saias, diretor de negócios e inovações da Hogarth, empresa que trabalha com um software que é treinado para reconhecer imagens, que podem ser buscadas através de palavras-chave, comenta que a tecnologia precisa ser educada. “Você ensina o sistema a interpretar, e na hora que ele tem a confiabilidade para fazer isso sozinho, ele faz. Tem uma frase que costumamos usar que é ‘o algoritmo só é tão bom quanto os dados com que você alimenta ele’”, comenta.

Essa captação de dados pode ser feita por meio de um treinamento, alimentando o serviço com imagens, áudios e textos, como foi o processo da criação da campanha que lançou a camisa especial do Internacional em homenagem ao Mundial, conquistado em 2006. O clube trouxe, em parceria com a Adidas, o ídolo e capitão do título, Fernandão, falecido em 2014, como narrador do filme. O jogador teve a sua voz recriada por meio de um recurso de inteligência artificial. A Agência AE, responsável pela produção da peça, contou com a parceria da produtora de tecnologia Bizsys, e com a participação da família do atleta e do clube, para alimentar a base com elementos da personalidade do jogador, trazendo vídeos, formas de falar. O processo de produção durou cerca de um mês sendo que entre o treinamento da tecnologia, o desenvolvimento das sonoras e ajustes foram três semanas. A última semana foi de pós-produção e reparos para que a peça ficasse da forma desejada. A agência utiliza, hoje, a tecnologia como uma ferramenta de trabalho. “É preciso olhar e entender qual deve ser a efetividade, que é a inovação de verdade. Não fomos pegar falas dele a vida toda e fazer um recorte, foi, de fato, recriar a voz dele”, comenta Caio Thomaz, vice-presidente da EA.

Outra forma de alimentar essa base de dados é através das redes sociais, que contém informações relevantes e que ajudam as empresas a decidirem a forma como devem conversar com cada consumidor. O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) conta atualmente com a assistente virtual Maya, no seu Twitter. Ela se tornou uma brand persona e porta-voz da instituição nas redes sociais. A personagem foi desenvolvida em parceria com o Twitter Next Brasil. A empresa fez uma série de estudos e análises de conversa para se conectar com o público, além de realizar uma análise de conversa e expertise como ferramenta para a construção da identidade da inteligência.
A estrategista de marca do Twitter Next no Brasil, Thalita Duarte, explica que a Maya consegue fazer uma leitura de perfil para conseguir entender quais tipos de informação determinando o que o usuário precisa receber. “Criamos uma solução de tecnologia e a partir da interação da pessoa, acontece a leitura do perfil pessoal, das informações, e conseguimos identificar o comportamento: o que ele gosta de falar, quem ele é. Então entregávamos um conteúdo personalizado”, comenta.

No mercado de comunicação, um bom exemplo da utilização desse tipo de serviço são os bots de atendimento. No Bradesco, a Bia é a assistente virtual que atende os correntistas, já a Riachuelo conta com três assistentes, a Helô, a Helen e a Helena, que auxiliam os consumidores em diferentes segmentos da empresa, em casa e moda, cumprindo a função de apresentar os produtos. O CEO da iN–consultoria de marcas, Fábio Milnitzky, afirma que, com o crescimento e distanciamento das empresas, causado inicialmente pela pandemia de Covid-19, a comunicação digital se fez necessária, mesmo que, em um primeiro momento não fosse tão eficaz. “A primeira intensão era ter eficiência de custo, era mais barato”, comenta. Por isso, as marcas têmb buscado maneiras mais adequadas de falar com seus clientes.

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