Inteligência artificial norteia 702 startups no Brasil
Distrito Inteligência Artificial Report, realizado pelo Distrito, revela que, juntas, já captaram US$ 839 milhões, por meio de 274 rodadas, desde 2012
Inteligência artificial é uma das principais tecnologias do momento e já é indispensável em alguns setores, como serviços financeiros e varejo, por exemplo. Atualmente, o Brasil conta com 702 startups com aplicação de IA, que, juntas, já captaram US$ 839 milhões, por meio de 274 rodadas, desde 2012. Esses dados são do estudo Distrito Inteligência Artificial Report, realizado pelo Distrito, em parceria com a KPMG, Pixeon, Bosch e Stradigi AI.

As startups com aplicação de IA já atraíram US$ 365 milhões (crédito: reprodução)
O levantamento ainda revelou que, em 2020, essas startups atraíram US$ 365 milhões, via 44 aportes, e que a maior rodada de investimento ocorreu no último ano, direcionada à startup Único. Como em outros estudos, as startups que fazem uso de IA apresentam alto grau de desigualdade de gênero, sendo a maioria liderada por homens de 40 anos, em média.
Além disso, o estudo apontou as dez stratups que mais de destacam no setor, levando em consideração elementos como número de funcionários, visibilidade, investimento captado e faturamento. São elas: Semantix, Solinftec, RD Station, Cortex, Clearsale, Único, TakeBlip, Neoway, Zenvia e Revelo. Já as startups para se ficar de olho são: Inloco, Rebel, Quod, Amaro, Cyberlabs, Konduto, Pitzi, Olivia, Agrosmart, Idwall, Escale e Hands. Elas foram selecionadas de acordo com os mesmos critérios do Top 10, com peso maior para investimentos captados e visibilidade nas redes sociais. Também são instituídos alguns limites: só entram empresas fundadas depois de 2012 e com menos de 200 funcionários.
Para desenvolver o relatório, a companhia reuniu as startups brasileiras que empregam soluções e/ou oferecem produtos próprios baseados em inteligência artificial, entendida como um campo da ciência da computação focado em criar máquinas capazes de pensar e aprender. O campo mais amplo foi divido em quatro aplicações: Machine Learning, Deep Learning, Processamento Natural de Linguagem e Visão Computacional.
Além disso, as startups selecionadas também deviam se enquadrar nos critérios de seleção como: ter a inovação no centro do negócio, seja na base tecnológica, no modelo de negócios ou na proposta de valor; estar em atividade no momento da realização do estudo, medido pelo status do site e atividade em redes sociais; desempenhar atividade diretamente relacionada à tecnologia estudada; ter nacionalidade brasileira e operar atualmente no Brasil. Após selecionadas, as startups foram enquadradas em dois grupos: “setores”, aquelas que oferecem soluções de inteligência artificial especializadas, visando impactar um setor específico; ou “funções”, que oferece produtos e serviços com aplicações a diversos setores do mercado.
**Crédito da imagem no topo: koto feja/iStock