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Modelo preditivo antecipa resultado das eleições e pode ser usado para marcas

Projeto desenvolvido durante as eleições 2018 indica como gestores, executivos e empresas podem aprender com o poder das redes e a força das comunidades para suas estratégias de Marketing e de Negócios


31 de outubro de 2018 - 11h13

As duas últimas eleições norte-americanas chamaram a atenção para a importância das redes sociais na dinâmica eleitoral.Neste cenário,três empresas brasileiras – SocialData, altaMedia e STILINGUE – decidiram reunir esforços para a construção colaborativa de conhecimento sobre o processo eleitoral em tempos digitais e chegaram a conclusões relevantes. A iniciativa é pioneira no Brasil e se junta a outras poucas consistentes no mundo, e é a primeira a propor indicadores preditivos de resultados.

Elas acompanharam as eleições presidenciais de 2018 desde o primeiro turno, compartilhando suas conclusões com os interessados em seus canais de comunicação. No segundo turno, incluíram o pleito para o Governo de São Paulo em seu radar.A análise previu com precisão os índices nos dois pleitos.

“Não tínhamos a pretensão de acertar o resultado das eleições. O objetivo foi aproveitar o momento para aprender. O uso de Data Analytics para o processo eleitoral ainda está engatinhando em todo o planeta, mas as possibilidades são entusiasmantes.  O tamanho do colégio eleitoral brasileiro oferece uma massa crítica de dados que facilita as análises”, afirma Flavio Ferrari, mentor do hub SocialData, responsável pela concepção do projeto.

Acima do espectro eleitoral, o projeto desenvolvido traz um importante alerta para gestores, executivos e empresas: entender o poder das redes sociais, a força das comunidades e o que isso representa de impacto em termos de reputação, inteligência competitiva, pesquisas de opinião pública e engajamento de influenciadores e criadores de conteúdo. “Será que as empresas estão cuidando das suas redes e comunidades digitais como deveriam? As eleições trouxeram não só um novo regime político, mas uma oportunidade imensa para essas organizações reverem suas estratégias”, comenta Rodrigo Helcer, CEO da STILINGUE.

“Esse trabalho comprova – com dados e técnica avançada sem precedentes – o poder que as redes sociais representam não só para o presente como para o futuro do país. Não apenas no contexto político, mas também para o mundo dos negócios e suas diversas vertentes”, analisa Helcer.

MÉTRICAS TIVERAM FORTE CORRELAÇÃO COM O RESULTADO

A iniciativa já surpreendeu por seu potencial explicativo e preditivo. As métricas desenvolvidas apresentaram forte correlação com o resultado das eleições no primeiro turno e com as pesquisas de opinião e a conversão de votos do segundo turno, como mostram os gráficos a seguir.

Gráfico 1: o alcance potencial das publicações nas redes sociais na véspera do 1º turno mostrou forte correlação com o resultado das urnas de 7 de outubro

Gráfico 2:a proporção entre os alcances potenciais dos candidatos (bubble-share) no 2º turnoesteve sempre muito próxima das pesquisas de intenção de voto e do resultado da eleição

O bubble-share foi um indicador desenvolvido pelo grupo para estimar a distribuição mais provável para os votos a partir do alcance potencial das menções aos candidatos, considerando os competidores com igual competência de marketing e comunicação, e apresentou uma significativa correlação com as pesquisas de intenção de voto publicadas pelos institutos de pesquisa durante o segundo turno das eleições e com o resultado final das eleições.

Tabela 1: comparativo do bubble-share com os resultados das pesquisas de intenção de votos publicadas pelos institutos e o resultado final das eleições (SD – SocialData /  DF – DataFolha / IB – Ibope)

Para a eleição ao Governo de São Paulo, acompanhada pelo grupo no segundo turno, o alcance potencial também se mostrou uma métrica com boa capacidade preditiva.  Como a eleição para o Governo foi um assunto mais ‘frio’ nas redes, o grupo optou por trabalhar com uma média móvel de 7 dias para atenuar a oscilação dos indicadores.

O indicador capturou a tendência de crescimento de Doria em decorrência do aumento de sua exposição nas redes sociais, durante a semana anterior à votação. As pesquisas de intenção de voto indicavam para uma tendência de crescimento de França.

Gráfico 3:a evolução do bubble-share para o Governo de SP foi acompanhada com uma média móvel de 7 dias para atenuar a oscilação do indicador (D7 – Doria | F7 – França)

 

 

Tabela 2:o indicador bubble-share foi o único a apontar para a maior probabilidade de um resultado favorável ao candidato João Doria na véspera da eleição (SD – SocialData / DF – DataFolha / IB – Ibope)

“O episódio do ‘vídeo íntimo’ foi a única ocasião em que algum fator externo à mídia impactou as redes sociais de forma relevante.  Seu impacto merece ser melhor estudado, mas ficou claro que contribuiu para o aumento da exposição do candidato e da área de influência de sua comunicação.  Como o ator e o autor não puderam ser concretamente identificados, as críticas e comentários foram dirigidos predominantemente ao ato da publicação. Em se tratando de um episódio restrito ao contexto digital, com menor repercussão na mídia, acreditamos que seu efeito tenha sido menor sobre a parcela da população com acesso mais limitado à Internet”, observa Ferrari.

“Monitoramos as redes sociais utilizando Inteligência Artificial, com uma ferramenta online fortalecida por Machine Learning, Processamento de Linguagem Natural (PLN) e Visão Computacional.  As informações utilizadas respeitam as políticas de privacidade das redes e são as mesmas disponíveis para qualquer interessado. Mas as métricas, como o alcance potencial, são aferidas a partir de metodologias proprietárias da STILINGUE”, explica o CEO Rodrigo Helcer.

“Aprendemos, durante o primeiro turno, que o alcance potencial das publicações é mais importante do que o volume ou o sentimento (positivo ou negativo) das menções.  Ele dá a dimensão da ‘bolha’ onde o candidato está inserido, ou seja, do tamanho do grupo de pessoas que produzem as publicações e interações relacionadas com o candidato. Fora dessa ‘bolha’ a sua comunicação não chega e ele não é considerado”, ressalta Ferrari.

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