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Netflix veicula anúncios nativos para promover House of Cards

Plataforma aposta em produção multimídia no The Atlantic


12 de março de 2015 - 8h25

O Netflix investiu um montante de seis dígitos para promover a terceira temporada de House of Cards no The Atlantic. Nativos, os anúncios têm formato de uma reportagem longa, composta por gráficos interativos e um vídeo que explora a dinâmica entre certos presidentes dos Estados Unidos e as suas esposas – inclusive o primeiro casal ficcional da série original do Netflix.

A peça, chamada de “The Ascent”, foi criada pelo braço de marketing in-house da revista, a Re:think, e apareceu no site da publicação nesta quarta-feira, 11.
É uma matéria interessante, principalmente se você tiver muito interesse em casais do universo político – mesmo que alguém que tenha muito interesse no assunto já saiba todas as informações.

Ainda assim, a qualidade da produção é arrebatadora. E anúncios nativos chamativos e aprofundados têm se tornado uma marca do marketing do Netflix. Esse é o terceiro grande anúncio nativo que o serviço de streaming financiou em menos de um ano. O primeiro apareceu na Wired em maio passado e abordou o futuro da TV. O segundo, veiculado no site do The New York Times, falava sobre as mulheres na prisão para promover outra série original do serviço, Orange Is The New Black.

A representante do Netflix não respondeu ao e-mail. A agência de mídia do Netflix, MEC, se recusou a comentar.

O Netflix já promoveu da terceira temporada de House of Cards, disponibilizada há duas semanas, na mídia, com banners digitais e impressos. Mas o propósito da publicidade nativa é encorajar as pessoas a assistirem ao programa, assim como criar um senso de unidade, de acordo com Sam Rosen, vice-presidente de marketing da The Atlantic.
“Estamos tentando construir uma base de fãs e uma audiência leal”, ele disse.

Para a publicação, isso já está longe de dois anos atrás, quando os comentaristas de internet tiraram sarro da revista por postar um anúncio nativo promovendo a Cientologia. A The Atlantic não criou o anúncio, de acordo com Hayley Romer, VP-publisher da publicação. Mas o desastre fez com que a revista estabelecesse e publicasse um guia para conteúdo pago.

“A conclusão do caso da Cientologia foi que nós não estávamos pensando no que o leitor queria”, ela disse.

Os anúncios nativos hoje são uma parte importante das receitas da The Atlantic. O formato rendeu um aumento de 31% na venda de anúncios do ano passado, afirma a porta-voz do The Atlantic. Re:think, que tem 15 funcionários em tempo integral, trabalhou com campanhas customizadas em 2014 para marcas como Chebron, All State, Lincoln e Rolex. O título pensa em aumentar a equipe da Re:think em 50% este ano.
Os executivos da revista não comentaram especificidades sobre as contas da companhia.

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