Pyr Marcondes
13 de dezembro de 2017 - 7h56
Em uma ação inédita na América Latina e principalmente no Brasil, o projeto irá alimentar e incentivar ainda mais o investimento anjo no país. Segundo Cassio Spina, presidente da Anjos do Brasil, “as poucas opções de saída disponíveis para os investidores anjo brasileiros limitam sua capacidade de reinvestirem em novas startups, uma vez que utilizam apenas recursos próprios, assim, esta parceria irá contribuir muito para o crescimento do ecossistema como um todo”.
A partir de agora, os investidores anjo que tenham investimentos em startups em seu portfólio poderão ter um caminho mais claro para realizar saída delas. Para isso, é necessário que apresentem à BNI sua startup investida ou o seu portfólio de startups contendo as seguintes informações: nome e site da empresa; valor investido e data do investimento; valuation na entrada; valuation hoje; cap table na startup e qual o percentual que deseja vender.
Com as informações fornecidas, a BNI, que tem interesse em aumentar seu portfólio de investimentos em startups, fará as analises necessárias para a escolha e decisão de aquisição. É preciso que a startup esteja de acordo com a tese de investimento da Bossa Nova, ou seja, startups com modelos de negócios B2B ou B2B2C, que sejam negócios inovadores, digitais e escaláveis, com mais de 1 ano de vida, que já estejam validados, operando, faturando (mesmo que pouco) e rumo direcionado ao break-even. Além disso, que tenha anuência dos fundadores e demais investidores.
Outro ponto importante é que a startup deve manter um ou mais investidor Anjo no cap table, que pode ser o mesmo, fazendo uma saída parcial ou outro que fique no negócio. Isso significa dizer que para a Bossa Nova, o smart Money do Anjo é muito importante para a continuidade da Startup. “Ter opções claras de saídas, tanto em possibilidades, quanto de tempo, é um dos maiores gargalos hoje no mercado para a entrada de novos investidores e também para que os mais antigos possam continuar investindo”, comenta João Kepler, partner da Bossa Nova, que esse ano foi eleito novamente o melhor Investidor Anjo do Brasil pelo prêmio Startup Awards.
Os segmentos alvo da Bossa Nova são de educação, saúde, fintech, agro, lawtech, soluções para PME, softwares para varejo (mas não venda de produtos no varejo). A Bossa Nova, não investe em negócios de mídia (adtech), governo, e-commerce (que vendam produtos), games ou hardware. Além disso, avalia outros pontos como: modelo de negócios, tração, time e tam (Total Adressable Market).
A única contrapartida exigida pelo projeto é que o investidor anjo que pretender efetuar a venda de sua participação deverá reinvestir 50% do valor recebido a título de cash out em uma nova startup a ser escolhida por ele mesmo dentro da plataforma da Anjos do Brasil. “Acreditamos que, com esta iniciativa, ajudaremos o ecossistema brasileiro a crescer e se profissionalizar ainda mais”, declara Pierre Schurmann, Managing Partner da Bossa Nova.
A Bossa Nova reservou o valor de R$ 5 milhões para a operação. Maior investidora em número de startups da América Latina, a BNI já investiu nos últimos 12 meses R$ 19,5 milhões em 110 startups.
Informações para contato:
Bossa Nova: www.bossainvest.com
Anjos do Brasil www.anjosdobrasil.net