CCBB-SP recebe pós-impressionistas
Exposição com obras do Musée d’Orsay e Musée de l’Orangerie tem patrocínio máster do Banco do Brasil e Mapfre Seguros e patrocínio do BB DTVM
Exposição com obras do Musée d’Orsay e Musée de l’Orangerie tem patrocínio máster do Banco do Brasil e Mapfre Seguros e patrocínio do BB DTVM
Roseani Rocha
4 de maio de 2016 - 14h16
O Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo abre ao público a partir desta quarta-feira, 4, a exposição “O triunfo da cor”, que reúne obras de artistas renomados que fizeram parte do Pós-Impressionismo. A exposição não deixa de ser uma continuação de “Impressionismo: Paris e a modernidade”, que atraiu um grande público no Brasil, em 2012.
Chocar o espectador com uma grande obra logo na entrada de cada um dos andares onde estarão distribuídas as 75 obras da atual exposição foi a ideia da curadora Isabelle Cahn. Quem guiou jornalistas numa visita prévia, no entanto, foi Olivier Simmat, diretor do projeto. No 4º andar (a visita é sugerida do 4o até o subsolo) já estão obras que resumem o espírito do pós-impressionismo, período que representa a chegada de Van Gogh a Paris. Simmat lembra que na Holanda, o artista ainda usava muito marrom e preto, logo, seus quadros eram mais escuros. “Em Paris, ele fica fascinado pela utilização das cores por parte dos pintores impressionistas e passa a usar cores muito vivas e brilhantes”, diz. Já Paul Gauguin, que buscou na Bretanha lugares mais isolados, rústicos e autênticos, sem dinheiro, chegou a trocar obras suas por hospedagem e alimentação. Com outros artistas, entre os quais Émile Bernard e Paul Sérusier, fez parte da Escola de Pont-Aven.
Em todos os casos, nessa revolução da pintura, a grande arma era o uso “quase excessivo” da cor, lembrou Simmat. Colaborou para isso, a evolução da indústria química como um todo, pois o desenvolvimento de cores sintéticas possibilitou que esses artistas tivessem mais opções para retratar tudo que passava por suas cabeças.
Também é notável no período a mistura de cores (com o resultado final obtido, às vezes, somente no olhar do espectador) e o uso da técnica do pontilhismo, algo muito inovador para a época, como foi para nós, mais recentemente, o desenvolvimento da fotografia digital. Com a diferença de que há 100 anos o efeito era obtido com pequenas e obstinadas pinceladas. Um quadro grande de Paul Signac – “Mulheres ao poço” – representa essa vertente. Raramente, quadros grandes saem do Musée d’Orsay, ressaltou Olivier Simmat. Outro destaque da mostra é um pequeno autorretrato de Edouard Vuillard, que pela primeira vez está sendo exposto fora do d’Orsay, já que foi uma aquisição recente do acervo do museu francês.
“O triunfo da cor”, que tem patrocínio máster do Banco do Brasil e Mapfre Seguros e patrocínio do BB DTVM e apoio institucional da Embaixada da França no Brasil, estará no CCBB-SP até 7 de julho. A coordenação é da Expomus.
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