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Opinião

A vida é um eterno Lego

Sobre destruir e reconstruir, morrer e renascer, e florescer depois do caos


19 de julho de 2023 - 8h51

(Crédito: shutterstock)

Minha mais recente obsessão temporária é pensar sobre o processo de morrer e renascer. 

Não, não estou falando de rituais religiosos, muito menos de filmes de zumbis ou romances de terror a la Stephen King. Falo de saber desapegar daquilo que fomos para sobreviver e encontrar novos sentidos. 

A carreira é o Lego de gente grande 

Lembro de quando eu era criança e brincava de Lego com meus irmãos. Muitas vezes, eu estava construindo cidades, estradas, prédios super rebuscados e cheios de detalhes. E aí, decidia que tinha odiado o resultado e desmontava tudo sem dó nem piedade. 

Volta e meia alguém lamentava o ocorrido. “Poxa, estava tão bonito e você estragou”. Mas aí eu montava tudo de novo, encaixava pecinhas de um jeito diferente, criava novas formas. E o resultado ficava ainda mais legal do que o primeiro. Ou não. Tinha dias em que o experimento ficava uma porcaria. Mas não importava.  

Trazendo para um contexto de trabalho, que afinal é o tema desta coluna: para progredir na carreira, muitas vezes temos que nos desapaixonar da ideia do que somos e nos fazermos!  

Ou, para voltar na analogia dos legos: como destruir toda a cidadezinha de Lego para construir um projeto ainda mais criativo. Ou que vai fazer mais sentido para determinado momento da vida. 

Eu já ouvi que não estava preparada para assumir uma determinada posição e, na época, me senti mal. Frustrada. E, hoje, eu sou CSO de uma empresa que tem tudo a ver comigo. 

Talvez a Bruna que ouviu essas palavras lá atrás realmente não estivesse preparada para dar aquela posição. Mas aquela Bruna também passou por um processo de se destruir para depois se reconstruir. De morrer e renascer. De derrubar todas as peças e montar de um jeito diferente. 

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